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Rússia/Ucrânia

Cúpula extraordinária da UE discute novas sanções contra Rússia

Os representantes dos 28 países da UE se reúnem neste sábado (30) em Bruxelas na tentativa de achar uma solução para a escalada da violência na Ucrânia. Os russos poderão ser alvo de novas sanções, ressalta o presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso. A chefe da diplomacia europeia, Catherine Ashton, também pediu que a Rússia coloque um fim “às recentes agressões” contra a Ucrânia.

O presidente ucraniano Petro Poroshenko chega a Bruxelas para a reunião de cúpula sobre a Ucrânia que acontece neste sábado
O presidente ucraniano Petro Poroshenko chega a Bruxelas para a reunião de cúpula sobre a Ucrânia que acontece neste sábado (Foto: Reuters)
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A União Europeia poderá adotar sanções graves contra a Rússia, depois da entrada de tropas russas na Ucrânia. "A Rússia não deve subestimar a vontade e a determinação da União Europeia na defesa de seus princípios e valores", disse Barroso. "Estamos prontos para tomar medidas duras, mas as portas continuam abertas para uma solução política", declarou o presidente da comissão durante uma coletiva em Bruxelas, depois de um encontro com o presidente ucraniano, Petro Porochenko.

"Hoje falamos do futuro da Ucrânia, mas amanhã pode ser o da segurança e estabilidade na Europa'', estimou o chefe de estado ucraniano. "Vivemos uma situação dramática e caminhamos para uma situação irreversível se a escalada da violência continuar", disse o presidente da Comissão Europeia.

Segundo ele, o endurecimento das sanções não visa agravar a crise, mas incitar Moscou à negociação. Barroso negou que a União Europeia esteja buscando a "confrontação", e seria "absurdo" ter uma nova Guerra Fria, "que afetaria o conjunto da Europa". A Ucrânia afirmou neste sábado que milhares de soldados russos penetraram em seu território, onde Moscou continua ajudando os separatistas nos combates no leste do país.

"Pedimos à Rússia que coloque fim à violência e ao envio de armas e soldados na área do conflito e retire suas forças da Ucrânia", também reagiu a chefe da diplomacia europeia, Catherine Ashton, em Milão, ao lado da ministra italiana Federica Mogherini. As sanções não surtirão efeito imediatamente. Na manhã de hoje, o premiê finlandês Alexander Stubb, disse que, mesmo que as medidas sejam votadas hoje, elas não serão adotadas durante o dia.

Presidente francês liga para Putin

O presidente francês, François Hollande, conversou pelo telefone nesta sexta-feira com Vladimir Putin, e pediu que ele demonstrasse "vontade em colocar um fim na situação na Ucrânia." Segundo o chefe de estado francês, "não há tempo a perder. Há, incontestavelmente, uma agravação da situação", disse.

Paralelamente, a Comissão Europeia também está a disposta a sediar uma conferência de doadores no final do ano para financiar a reconstrução das regiões no leste da Ucrânia, as mais afetadas pelo conflito, declarou o presidente da Comissão Europeia.

 

 

 

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