Kerry relança discussão sobre nuclear iraniano e afirma que acordo é possível
O secretário de Estado norte-americano John Kerry desembarca nesta quarta-feira (15) em Viena para relançar as discussões sobre o programa nuclear iraniano. A seis semanas da data limite imposta para a adoção de um acordo, o representante de Washington afirma que um consenso ainda é possível.
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O chefe da diplomacia norte-americana se mostrou confiante antes da reunião desta quarta-feira na capital austríaca. “Eu não acredito que (um acordo) esteja fora de alcance, mas ainda temos questões difíceis a serem resolvidas”, disse Kerry, antes de embarcar para Viena. A declaração foi feita após uma reunião em Paris com o ministro russo das Relações Exteriores, Serguei Lavrov. O representante de Moscou também pareceu otimista, apesar de prudente. “Não posso garantir que isso ocorra até o dia 24 de novembro”, disse o chanceler, se referindo ao prazo final dado pela comunidade internacional para se chegar a um consenso sobre o tema. “Mas não se trata de uma data sagrada”, disse Lavrov.
A chefe da diplomacia europeia, Catherine Ashton, também vai participar das discussões entre os Estados Unidos e o Irã em Viena na quarta-feira. A reunião continua no dia seguinte, com a presença dos demais interessados do grupo 5+1, que reúne as grandes potências mundiais (Estados Unidos, França, China, Grã-Bretanha, Rússia e Alemanha).
O ministro iraniano das Relações Exteriores, Mohammad Javad Zarif, afirma que seu país está fazendo “todos os esforços para resolver os problemas nos próximos dias”. Os países do 5+1 negociam há meses para tentar convencer Teerã a limitar suas atividades nucleares em troca de um abrandamento das sanções impostas pela comunidade internacional. As potências temem que o Irã, por meio de seu programa nuclear, tente aumentar suas capacidades militares, construindo uma bomba atômica. Os iranianos desmentem as acusações e afirmam que suas atividades nucleares tem fins civis.
Um acordo parcial havia sido concluído em novembro de 2013, mas poucos avanços foram registrados do lado de Teerã.
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