Número de pessoas mortas em atentados terroristas cresce 61% em um ano
O ano de 2013 foi marcado por uma alta recorde no número de vítimas fatais em atentados terroristas. A conclusão é do relatório “Global terrorism index” (Índice de Terrorismo Global) publicado nesta terça-feira (18). Os grupos terroristas Boko Haram, Estado Islâmico, Al Qaeda e os talibãs lideram a lista dos mais perigosos do mundo no ano passado.
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O número de vidas perdidas por causa de atentados cresceu 61% em um ano. Em 2012, foram 11.133 mortes contra 17.958 em 2013. A edição 2014 do índice também registrou uma alta na quantidade de ataques que saltou de 6.825 em 2012 para 9.814 no ano passado, um crescimento de 44%. O uso de explosivos é privilegiado pelos terroristas e, embora simbólicos, a participação de homens-bomba representa menos de 5% do total.
“O terrorismo não cresce sozinho”, explica Steve Killelea, presidente-executivo do Institut for Economics and Peace, organização que publicou o relatório. Para Killelea, é preciso identificar os fatores que levam a atos extremos e aplicar políticas de prevenção. Entre as medidas mais eficazes para combater as fontes do terrorismo, o especialista aponta projetos voltados para o apaziguamento social.
“Na última década, vimos o crescimento do terrorismo ligado a grupos islâmicos radicais cujos discursos violentos tem sido amplamente difundido. Para atacar essa influência, formas moderadas do islamismo têm que ser veiculadas e estimuladas nas nações sunitas.
O relatório lembra ainda que, desde os anos 60, 80% das atividades de organizações terroristas foram encerradas por meio medidas como discussões políticas. Em apenas 7% dos casos, apenas a ação militar resolveu o problema.
Iraque lidera número de atentados
Com 2.492 atentados no ano passado, Iraque é o país mais afetado pelo recrudescimento da violência. Afeganistão, Paquistão, Nigéria e Síria também registram alta nos números de ataques. Os cinco países concentram quase 80% das vítimas fatais de terrorismo no ano passado.
Para este ano, o responsável pelo estudo não se mostra otimista. "Não quero fazer previsões para 2014, mas dificilmente será melhor que 2013”, disse Killelea. Para os próximos anos, o índice identificou 13 países que correm o risco de ter um aumento de atentados, entre eles estão Angola, Bangladesh e Irã.
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