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Portugal:

Contagem decrescente para queda do Governo em Portugal

Em Portugal, já começou a contagem decrescente para o voto da moção de rejeição no Parlamento, que deverá ditar a queda do Governo PSD/CDS-PP esta tarde.Os acordos políticos entre o PS e os três partidos à sua esquerda (BE, PCP e Os Verdes) foram assinados ao meio dia, e garantem maioria no Parlamento a um futuro Governo socialista.  

Assembleia Nacional portuguesa
Assembleia Nacional portuguesa DR
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Se a vida do país fosse um jogo de tabuleiro, podia dizer-se que a votação de hoje no Parlamento faz com que tudo regresse à casa de partida.

O chumbo da esquerda ao programa do PSD/CDS-PP deixa Portugal em suspenso, à espera de que o Presidente decida o que fazer : Nomear primeiro-ministro o líder da oposição, ou aguardar seis meses, até poder convocar novas eleições. Se Cavaco Silva se decidir por esta última opção, passa o problema ao seu sucessor, porque há eleições presidenciais em Janeiro.

PS, Bloco de Esquerda, Partido Comunista e Os Verdes não se uniram para apresentar uma moção de rejeição conjunta, mas asseguram que se entendem para governar.
Os acordos políticos entre o PS e os três partidos à sua esquerda que garantem maioria no Parlamento a um futuro Governo socialista foram assinados durante a hora de almoço, longe das câmaras de televisão.

Antes disso, no debate, o vice primeiro-ministro, Paulo Portas, defendeu que os portugueses não acreditam num Governo dirigido pelo PS, e deixou um aviso a António Costa : "Se mais adiante não conseguir gerir a pressão explosiva da demagogia em competição entre o Bloco e o PCP de um lado, e dos compromissos em Bruxelas do outro, não venha depois pedir socorro".

Fora da Assembleia, a segurança foi reforçada. Centenas de apoiantes do Governo concentraram-se no fim da escadaria a gritar palavras de ordem. O gesto é tão inédito para a direita que houve deputados a juntarem-se aos manifestantes e até Passos Coelho saiu do edifício para os saudar.
 

Oiça aqui a correspondência  de Joana Carvalho Fernandes, em Lisboa

 

01:31

Correspondência de Joana Fernandes

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