ONU prepara transição na Síria
Grupo de apoio à Síria e protagonistas do conflito sírio reuniram-se em Nova Iorque sob a égide do Conselho de Segurança da ONU, no âmbito de uma conferência internacional visando procurar um desfecho para a crise política e militar, que afecta o país do Médio-Oriente desde Março de 2011.
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A conferência internacional organizada em Nova Iorque sob a égide do Conselho de Segurança da ONU, com a participação de 17 países do grupo de apoio à Síria, adoptou uma resolução que preconiza uma solução política para o conflito.
Pela primeira vez após quatro anos de guerra civil na Síria, o Conselho de Segurança da ONU chegou à um consenso para pôr termo à crise síria por via política.
Nesse contexto , as negociações entre o actual poder sírio e os diferentes grupos da oposição terão início em Janeiro de 2016 . O encontro entre os representantes do governo de Damasco e os opositores terá como objectivo definir as condições para um governo de transição à partir de Junho de 2016, bem como a realização de eleições 18 meses depois.
Um cessar-fogo deverá ser implementado em todo o país , durante o período de transição política. Os participantes na conferência de Nova Iorque, consideram que só o fim da guerra na Síria possibilitará uma verdadeira ofensiva contra a milícia islamita Daech.
Nenhuma decisão foi tomada sobre o futuro político do presidente Bashar Al-Assad. Em nome do governo de Teerão,Amir Abdollahian, declarou que o Irão continuará a apoiar o regime sírio vigente. Abdollahian realçou que cabe aos sírios decidir se Bashar Al-Assad pode ou não candidatar-se às futuras eleições presidenciais.
As divergências entre os Estados Unidos e a Rússia persistem no respeitante ao papel de Bashar Al-Assad.Washington e Moscovo também não chegaram à um acordo sobre os grupos sírios na oposição, habilitados a participar nas negociações de Janeiro de 2016. O kremlim defende o estabelecimento de uma lista dos opositores ao regime de Damasco, envolvidos no terrorismo, preconizando a sua exclusão do processo político na Síria. O secretário de Estado americano , John Kerry considerou que existe de agora em diante uma base para que Estados Unidos e a Rússia possam contribuir para a futura normalização da Síria .
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