França:bloqueio de refinarias e centros de combustível

Confrontação entre o governo francês e algumas organizações sindicais devido à contestada lei do Trabalho, enceta agora uma fase mais radical , com o bloqueio de  refinarias e  centros de distribuição de combustível, que ameaça paralizar a França, se atendermos aos riscos de uma penúria de gasolina.

Refinaria e centro de distribuição de combustível em Fos-sur-Mer (sudeste da França) evacuada pelas forças da ordem. 24 de Maio de 2016 REUTERS/Jean-Paul Pelissier

Vários regiões de França começam a ser afectadas pela falta de combustível, desde que os aderentes do sindicato CGT decidiram bloquear as refinarias de petróleo, para protestar contra a nova lei do trabalho, adoptada pelo governo sem votação  parlamentar. Dois meses depois da reforma da lei laboral francesa,a revolta dos descontentes encetou nos últimos dias, uma etapa mais radical.

Os militantes da CGT opostos à reforma, que eles consideram pôr em causa os direitos dos trabalhadores, têm impedido a distribuição de combustível para os pontos de venda e segundo observadores o conflito toma de agora em diante a feição de um braço de ferro entre o governo socialista e a primeira organização sindical francesa, históricamente próxima do Partido Comunista.

Nesta terça-feira, o Presidente Hollande denunciou o bloqueio de  refinarias de petróleo e  dos centros de distribuição de combustível , como sendo a "estratégia aplicada por uma minoria".

O primeiro-ministro Manuel Valls que se encontra de visita à Israel considerou um impasse a escolha da CGT. Em resposta, o líder da CGT, Philippe Martinez qualificou de perigoso o jogo de Valls que segundo ele tenta opôr o seu sindicato aos cidadãos".