Paris vai acolher mais migrantes
Na passada terça-feira, Anne Hidalgo, presidente socialista da câmara de Paris, anunciou que a capital francesa vai dotar-se de estruturas suplementares para acolher os refugiados e migrantes. "Não podemos mais aceitar a situação humanitária e sanitária dos acampamentos improvisados que se desenvolvem em Paris" argumentou a autarca que pela mesma ocasião indicou que os seus serviços estão actualmente a identificar zonas em toda a capital que possam acolher migrantes, para além da estrutura já existente no norte de Paris.
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Acolhida com críticas por parte de certas vozes da oposição de direita que dizem recear que Paris se torne na "capital da imigração ilegal", esta decisão foi igualmente tomada quase à contracorrente do governo socialista de Manuel Valls. A França que, até agora, tem funcionado acima de tudo como zona de trânsito dos migrantes rumo a outros países nomeadamente o Reino Unido, não tem sido o país preferencial de acolhimento dos migrantes e refugiados, este país tendo-se mostrado renitente em criar condições para a o acolhimento dos 30 mil refugiados que se comprometeu a receber junto dos seus parceiros Europeus.
Ao sublinhar precisamente que Paris não esperou pela luz verde do Estado Francês, custeando com os seus fundos próprios o acolhimento de migrantes suplementares, Hermano Sanches, vereador executivo para a pasta da Europa na câmara de Paris, refere também que além dos 800 refugiados que a cidade já acolhia, a autarquia já conseguiu condições para acolher mais 1500.
Hermano Sanches, vereador para o pelouro Europa na câmara de Paris
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