Filipinas: Duterte reaproxima-se da China
A decisão do Presidente Rodrigo Duterte de desvincular a política estrangeira das Filipinas da sua congénere americana, fazendo pairar a incerteza sobre o futuro das relações entre Manila e Washington. O Chefe de Estado filipino anunciou a vontade das Filipinas de se reaproximar da China durante a sua visita à Pequim. Segundo os analistas,a opção de Manila a favor de uma reaproximação com a China e a Rússia, significa que o Presidente Duterte tenciona pôr em causa a aliança contraída entre as Filipnas e os Estados Unidos há 70 anos.
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Aplaudido por uma plateia de empresários chineses em Pequim, o Presidente Rodrigo Duterte anunciou a sua vontade de não manter a parceria das Filipinas com os Estados Unidos, em matéria de política estrangeira. Todavia Duterte realçou que a decisão não significa o fim das relações com Washington. O Chefe de Estado filipino declarou a sua vontade de realinhamento com a China e a Rússia.
Até a tomada de posse como presidente de Rodrigo Duterte em 30 de Junho de 2016, as Filipinas tinham sido um dos mais importantes aliados dos Estados Unidos na Ásia , bem como um dos países democráticos da região; não obstante alguns períodos de convulsão. Duterte que reivindica ser socialista , mantem laços com a rebelião comunista nas Filipinas e tem demonstrado antipatia pelos Estados Unidos
.O Presidente filipino chamou por várias vezes Barack Obama de filho da mãe e relembrou aos seus compatriotas, que os americanos tinham cometidos crimes durante a era em que as Filipinas eram uma colónia dos Estados Unidos, entre 1898 e 1946. Os Estados Unidos contribuíram para libertar as Filipinas da invasão japonesa, no decurso da Segunda Guerra Mundial(1939-1945). Washington mantem-se na expectativa, considerando que as decisões de Rodrigo Duterte ainda não foram oficializadas junto dos Estados Unidos.
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