Acesso ao principal conteúdo
Rússia

Moscovo, tenta confirmar morte do chefe do Estado islâmico

O ministério russo da Defesa está a verificar a informação segundo a qual um bombardeamento da aviação russa contra dirigentes do grupo terrorista Estado islâmico provocou a morte do seu chefe, Abú Bakr al Baghdadi. 

Primeira aparição pública de Abú Bakr al-Baghdadi, anunciado o califado e jihad, a 5 de julho de 2014.
Primeira aparição pública de Abú Bakr al-Baghdadi, anunciado o califado e jihad, a 5 de julho de 2014. REUTERS/Social Media Website via Reuters TV
Publicidade

O bombardeamento da aviação russa ocorreu a 28 de maio último e visava o centro de comando do sul de Rakka, na Síria, onde estariam reunidos dirigentes do estado islâmico, entre eles, o próprio chefe jiadista, Al Baghdadi.

O exército russo afirmou hoje, (16) ter provalmente morto na Síria, o cabecilha do grupo jiadista, Estado islâmico, Al Baghdadi, durante o bombardeamento de maio, contra o centro de Rakka, na Síria, mas querem confirmar tudo a 100%.

Por seu lado, um porta-voz da coligação internacional liderada pelos Estados Unidos, o coronel Ryan Dillon, indicou não estar em condições de confirmar a morte do chefe do grupo jiadista estado islâmico.

Poderoso e discreto, o terrorista, al-Baghdadi, que já foi dado como morto no passado pelos Estados Unidos, fez do estado islâmico, uma organização temível e responsável por múltiplos atentados no mundo inteiro.

O anúncio de Moscovo surge numa altura em que o estado islâmico está a ser escorraçado de Mossul, o seu principal feudo no Iraque, enquanto o grupo jiadista está encurralado em Rakka, seu outro feudo, na Síria.

O chefe jiadista do estado islâmico, Abu Bakr al Baghdadi, que poderia ter sido morto no ataque aéreo russo, desapareceu desde que proclamou o Califado no Iraque e na Síria, há 3 anos.

Um Califado que estaria em vias de perder os seus dois grandes bastiões urbanos de Mossul e Rakka.

Mas segundo especialistas de segurança e inteligência, Abu Bakr al Baghdadi, adoptou uma estratégia de não participar nas reuniões dos dirigentes do estado islâmico, preocupando-se mais com a sua sobrevivência, desde que os americanos tentaram matá-lo.

Mas "de qualquer maneira e apesar de todos os disfarces e tácticas do chefe terrorista, ele acabará por ser apanhado vivo ou morto, pois não pode esconder-se eternamente", afirma um especialista, Lahur Talabany.

Uma das principais preocupações de al-Baghdadi, é não ser atraiçoado por nenhum dos seus dirigentes ou seguranças mais próximos e até agora ninguém esteva em condições de provar a sua morte.

Daí este cuidado de Moscovo, em verificar e reconfirmar se de facto, al-Baghdadi, estava presente nessa reunião de Rakka e se foi mesmo morto durante o bombardeamento.

A mesma reserva dos Estados Unidos e da coligação internacional, que não querem cometer o erro do passado, quando afirmaram que tinham morto, o chefe jiadista.

Os Estados Unidos criaram mesmo um prémio de 25 milhões de euros pela cabeça de al-Baghdadi e intensificaram os ataques contra os jiadistas no Iraque e na Síria.

Do seu lado, a Rússia, presente na Síria, a apoiar o presidente, Bashar al-Assad, intensificou igualmente os seus ataques contra os jiadistas.

A confirmar-se a morte do número 1 do Estado Islâmico, al-Baghdadi, seria uma grande vitória militar e diplomática da Rússia, que teria êxito, lá onde falharam os Estados Unidos e a coligação internacional.

01:53

João Matos sobre putativa morte do chefe do grupo jiadista estado islâmico

 

NewsletterReceba a newsletter diária RFI: noticiários, reportagens, entrevistas, análises, perfis, emissões, programas.

Acompanhe toda a actualidade internacional fazendo download da aplicação RFI

Partilhar :
Página não encontrada

O conteúdo ao qual pretende aceder não existe ou já não está disponível.