Celebração da festa regional da Catalunha sob alta tensão
Os catalães celebram hoje (11 de Setembro), o dia nacional da Catalunha, chamado Diada. Este encontro popular tem desta vez um significado político muito peculiar, sendo que o referendo sobre a autodeterminação da Catalunha está previsto para o próximo dia 1 de Outubro. As forças independentistas catalãs estão a mobilizar o máximo de pessoas para as ruas. Porém, o governo de Madrid quer proibir a votação popular.
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A celebração do dia nacional da Catalunha decorre hoje sob alta tensão depois de na semana passada, o Parlamento catalão ter decidido organizar um referendo de autodeterminação, vieram as fortes reações por parte de Madrid. O chefe do governo espanhol, Mariano Rajoy, anunciou durante um conselho extraordinário de Ministros, que o escrutino será impedido porque constitui “uma agressão contra a legalidade”.
A Procuradoria-Geral espanhola acrescentou que uma acção penal será dirigida contra os independentistas da Catalunha. Esta jurisdicão e a polícia catalã foi mobilizada para invalidar todos os esforços dos separatistas.
O governo da Catalunha quer impor o referendo, para tal disse ter 6000 urnas escondidas num consulado estrangeiro em Barcelona. No entanto, existem muitas suspeitas sobre a possibilidade deste escrutino, já que a guarda civil poderia impedir a votação e que duas cidades catalãs (Lleida e Tarragone) anunciaram que não participarão no referendo.
Apesar destas tensões políticas, a grande festa popular do Diada será um primeiro termómetro sobre as forças a favor da autodeterminação da Catalunha.
Ouça a crónica de Mussá Baldé
Correspondência de Mussá Baldé
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