Itália: o regresso de Berlusconi?
Em Itália os candidatos desdobram-se em compromissos políticos por todo o país. Grandes comícios em Roma, Florença e Milão e maratona de entrevistas televisivas, os candidatos não poupam esforços no último dia de campanha antes das eleições legislativas de domingo.
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Depois da primeira, e última, reunião pública da campanha que teve lugar na quinta-feira em Roma, os líderes da coligação de direita e extrema-direita, que lideram as intenções de voto de acordo com as sondagens, decidiram exprimir-se cada um de seu lado.
Silvio Berlusconi da Força Itália, partido de centro-direita, vai encerrar a noite política com uma entrevista no primeiro canal da televisão pública italiana.
Já Matteo Salvani, o aliado da Liga de extrema-direita, vai estar em Milão e Giorgia Meloni, dos Irmãos de Itália, dará o último comício em Lana, no sul de Roma.
No programo comum a coligação de direita e extrema-direita propõem uma redução de impostos, uma política firme contra os migrantes, contudo os três responsáveis políticos têm dificuldades em esconder as rivalidades internas sobre a questão europeia.
Berlusconi que avançou que em caso de vitória o actual presidente do Parlamento Europeu, Antonio Tanjani, será o chefe de governo.
Fora de qualquer coligação, o Movimento de Cinco Estrelas, anti-sistema, será o único a encerrar a campanha política com um comício na capital, Roma.
Luigi di Maio que apresentou ontem, quinta-feira, uma equipa de dezassete ministros, grande parte oriunda da sociedade civil, que estarão disponíveis a governar num cenário de vitória do M5S. Nas últimas sondagens o partido surge com 27% das intenções de voto.
A coligação de centro esquerda encabeçada pelo Partido Democrático, PD no poder, decidiu organizar comícios eleitorais em todo o país.
O chefe do Partido Democrático, Matteo Renzi, durante um comício na cidade natal, em Florença, lançou um apelo aos eleitores da esquerda radical e moderados: “apenas o voto a favor do Partido Democrático poderá impedir o país de cair nas mãos de Matteo Salvani”. Matteo Renzi que alertou ainda para o perigo de uma aliança pós eleitoral com a Liga e o M5S.
O candidato a Roma pelo Partido Democrático e actual chefe de governo, Paolo Gentloni, aproveitou a ocasião para fazer o balanço do seu mandato, isto depois de terem sido tornados públicos os bons resultados económicos do país.
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