Síria:Ocidente volta a apostar na diplomacia
EUA, França e Reino Unido vão apresentar segunda-feira um projeto de resolução sobre a Síria. O documento já foi remetido ao Conselho de Segurança das Nações Unidas e inclui um novo mecanismo de controlo sobre o uso de armas químicas.
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O projecto de resolução de iniciativa francesa abrange três áreas: humanitária, política e química. No plano humanitário o texto evoca a necessidade de um cessar-fogo duradouro e um acesso, sem restrição, às populações. No que diz respeito ao plano político é exigido a Damasco que relance as negociações com vista a colocar o ponto final na crise síria. Por último, sobre a questão das armas químicas, a resolução prevê a criação de um mecanismo independente de inquérito sobre os ataques atribuídos ao regime.
Não foi avançado qualquer data para a votação do texto, com Paris a referir que pretende garantir algum tempo para permitir uma "verdadeira negociação", avançaram os mesmos responsáveis.
Ontem durante a reunião do Conselho de Segurança, o embaixador da França junto da ONU, François Delattre, defendeu este sábado que crise síria deve ser resolvida no quadro de uma solução política e apelou, por isso, ao apoio da Rússia e do Irão. Porém, a embaixadora norte-americana nas Nações Unidas, Nikki Haley , assegurou que os Estados Unidos estão prontos a agir novamente caso exista um novo ataque químico na Síria.
Ainda durante a reunião, a Rússia tentou passar um resolução condenando a “agressão” armada ocidental contra a Síria, resolução que foi chumbada.
Os Estados Unidos, a França e o Reino Unido realizaram, na madrugada de sábado, uma série de ataques com mísseis contra três alvos associados à produção e armazenamento de armas químicas na Síria, em resposta a um alegado ataque com armas químicas na cidade rebelde de Douma, em Ghouta Oriental, nos arredores de Damasco.
As autoridades sírias continuam a negar responsabilidade neste ataque. Sexta-feira o chefe da diplomacia russa, Serguei Lavrov, afirmou ter "provas irrefutáveis" de que o alegado ataque químico na Síria foi "uma encenação", na qual participaram serviços especiais de um país "russófobo".
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