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Síria

Síria:Ocidente volta a apostar na diplomacia

EUA, França e Reino Unido vão apresentar segunda-feira um projeto de resolução sobre a Síria. O documento já foi remetido ao Conselho de Segurança das Nações Unidas e inclui um novo mecanismo de controlo sobre o uso de armas químicas.

Reunião do Conselho de Segurança da ONU este sábado, 14 de Abril de 2018
Reunião do Conselho de Segurança da ONU este sábado, 14 de Abril de 2018 REUTERS/Eduardo Munoz
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O projecto de resolução de iniciativa francesa abrange três áreas: humanitária, política e química. No plano humanitário o texto evoca a necessidade de um cessar-fogo duradouro e um acesso, sem restrição, às populações. No que diz respeito ao plano político é exigido a Damasco que relance as negociações com vista a colocar o ponto final na crise síria. Por último, sobre a questão das armas químicas, a resolução prevê a criação de um mecanismo independente de inquérito sobre os ataques atribuídos ao regime.

Não foi avançado qualquer data para a votação do texto, com Paris a referir que pretende garantir algum tempo para permitir uma "verdadeira negociação", avançaram os mesmos responsáveis.

Ontem durante a reunião do Conselho de Segurança, o embaixador da França junto da ONU, François Delattre, defendeu este sábado que crise síria deve ser resolvida no quadro de uma solução política e apelou, por isso, ao apoio da Rússia e do Irão. Porém, a embaixadora norte-americana nas Nações Unidas, Nikki Haley , assegurou que os Estados Unidos estão prontos a agir novamente caso exista um novo ataque químico na Síria.

Ainda  durante a reunião, a Rússia tentou passar um resolução condenando a “agressão” armada ocidental contra a Síria, resolução que foi chumbada.

Os Estados Unidos, a França e o Reino Unido realizaram, na madrugada de sábado, uma série de ataques com mísseis contra três alvos associados à produção e armazenamento de armas químicas na Síria, em resposta a um alegado ataque com armas químicas na cidade rebelde de Douma, em Ghouta Oriental, nos arredores de Damasco.

As autoridades sírias continuam a negar responsabilidade neste ataque. Sexta-feira o chefe da diplomacia russa, Serguei Lavrov, afirmou ter "provas irrefutáveis" de que o alegado ataque químico na Síria foi "uma encenação", na qual participaram serviços especiais de um país "russófobo".

 

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