Acesso ao principal conteúdo
Estados Unidos

John McCain, enterrado, este domingo, na Academia naval de Anápolis

John McCain, herói da guerra do Vietname, foi enterrado, este domingo, na Academia Naval de Anápolis, nos Estados Unidos. Teve direito ontem a cerimónias fúnebres oficiais, na presença da família, ex-presidentes, como Obama, mas na ausência de Trump, porque, deixou indicações aos familiares que dispensava a presença do chefe da Casa Branca, representado, pelo seu director de gabinete, general John Kelly.  

Roberta McCain, mãe do senador republicano, John McCain, nas cerimónias fúnebres de 1 de setembro, na catedral de Washington, Estados Unidos
Roberta McCain, mãe do senador republicano, John McCain, nas cerimónias fúnebres de 1 de setembro, na catedral de Washington, Estados Unidos Reuters/路透社
Publicidade

O herói americano da guerra do Vietname, John McCain, piloto de aviação, foi a enterrar hoje na sua Academia de Anápolis, em Maryland, nos Estados Unidos, repousando para sempre ao lado dos seus camaradas de armas.

Morto aos 81 anos, há uma semana, de um cancro do cérebro, John McCain, era um conservador republicano rebelde, que marcou a vida política americana, como senador republicano, desde que regressou ferido da guerra do Vietname, onde foi capturado e maltratado nas masmorras daquele país asiático.

Teve honras militares e oficiais ontem na catedral nacional de Washington, nas cerimónias fúnebres, na presença da sua família, de políticos democratas e republicanos e dos ex-presidentes, Bill Clinton, George Bush e Barack Obama.

Uma ausência muito notada, foi a do actual presidente Donald Trump, que no entanto, esteve representado nas cerimónias pelo seu chefe da casa militar e director de gabinete, general John Kelly, ele também do corpo da marinha, como John McCain, que foi piloto naval. Igualmente presente o secretário da Defesa.

É sabido que John McCain e o presidente Donald Trump não tinham boas relações e essa rivalidade foi até à morte. 

John McCain, preparou minuciosamente as suas cerimónias fúnebres, deixando ordens escritas à família, que não queria a presença do presidente, Donald Trump, que do seu lado, por vontade própria, não quereria também estar pessoalmente presente, tendo em conta as inimizades entre os dois.

Por seu lado, a filha Meghan McCain, declarou que o seu pai "era um grande homem", e criticou, sem o nomear, a "retórica fácil" de Donald Trump, que no passado, declarou, referindo-se a John McCain, que não gostava de "heróis capturados". 

Sobre esta questão, vários veteranos da guerra do Vietname, consideram que John McCain, sempre exagerou o seu papel de herói torturado nas prisões do Vietname, quando há arquivos, com o mesmo dizendo que após ser capturado ferido, recebeu tratamento médico condigno.

Já como político, senador republicano e candidato presidencial, foi acusado de ter recebido 1 milhão de dólares do regime da Arábia Saudita, em 2014, através do Instituto de liderança John McCain e de ter ajudado a armar terroristas na Síria e consequentemente à criação do Daesh, na era de Obama. 

Outra crítica contundente sobre o herói da guerra do Vietname, partiu em 2015, do presidente russo, Putin, dizendo que John McCain, ficou demente, após ser capturado, porque não esteve numa prisão, mas em caves subterrâneas.  

Dito isto, foi toda uma nação a prestar homenagem ontem ao herói nacional e, hoje, John McCain, entra no cemitério dos seus pai e avô, almirantes, e dos seus camaradas da Academia naval de Anápolis, para repouso eterno do piloto naval e político americano.

01:53

John McCain, herói da guerra do Vietname, enterrado na Academia naval de Anápolis, Estados Unidos

 

NewsletterReceba a newsletter diária RFI: noticiários, reportagens, entrevistas, análises, perfis, emissões, programas.

Acompanhe toda a actualidade internacional fazendo download da aplicação RFI

Partilhar :
Página não encontrada

O conteúdo ao qual pretende aceder não existe ou já não está disponível.