Laureados reagem ao Nobel da Paz
Denis Mukwege, ginecologista congolês de 63 anos, ganhou o prémio Nobel da Paz. Um galardão partilhado com Nadia Murad, jovem iraquiana de minoria yazidi que, depois de ter sido escrava do grupo auto-proclamado Estado Islâmico, é hoje activista contra as violências sexuais.
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O Nobel da Paz 2018 foi partilhado entre um médico congolês Denis Mukwege e a activista iraquiana, Nadia Murad.
"Estou muito feliz que o doutor Denis Mukwege também seja vencedor. É um homem íntegro, um homem bom, com bom coração, que ajuda as mulheres e que quer mudança. Ele merecia e rezei para que ele ganhasse este prémio porque merecia-o mesmo", afirmou a laureada Nadia Murad.
Há mais de 20 anos que Denis Mukwege apoia mulheres violadas no leste da República Democrática do Congo.
Criou um hospital e uma fundação para receber e cuidar de mulheres mutiladas, desde a criação já recebeu mais de 40 000 mulheres no hospital de Panzi.
"Este prémio é o reconhecimento do sofrimento das vítimas de violências sexuais e é sobretudo um passo importante porque as mulheres que, infelizmente, sofreram estes actos, e que muitas vezes recorreram à justiça, não encontram uma resposta reparadora e falta isso no processo de cura", descreveu em entrevista à RFI, Denis Mukwege.
O Comité Nobel norueguês justificou a escolha com os esforços e trabalho de Nadia Murad e Denis Mukwege em acabar com a violência sexual como arma de guerra nos vários conflitos em todo o mundo.
Peça com entrevista dos laureados do Nobel da Paz
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