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Haiti

PM anuncia medidas a favor da população de Haiti

A situação continua explosiva em Haiti, apesar das medidas económicas de urgência, anunciadas pelo Primeiro-ministro, Jean-Henry Céant, prometendo rigor nas administrações, luta contra a corrupção e contrabando, após 10 dias de crise que paralisam o país. Medidas que foram recusadas pelo presidente Jovenel Moïse.

«Nou pap domi», Estamos vigilantes dizem manifestantes sobre crise política de Haiti
«Nou pap domi», Estamos vigilantes dizem manifestantes sobre crise política de Haiti REUTERS/Jeanty Junior Augustin
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"A primeira decisão é cortar 30% no Orçamento do governo, sugerindo à Presidência e ao Parlamento a fazerem o mesmo", declarou hoje o Primeiro-ministro de Haiti, Jean-Henry Céant.

O primeiro-ministro haitiano, foi mais longe, exigindo a "retirada de todos os privilégios desnecessários aos altos funcionários do Estado, nomeadamente, despesas de gasolina, telefone, consultores em grande número e viagens ao estrangeiro". 

No seu discurso de 20 minutos em crioulo de Haiti, Jean-Henry Céant, condenou "o acto desonesto do cidadão que manchou a bandeira de um país amigo, Estados Unidos".

Na manifestação de sexta-feira na capital haitiana, manifestantes denunciaram a ingerência de Washington na política do país queimando a bandeira americana.

Desde 7 de fevereiro, multiplicaram-se manifestações na capital e em várias outras localidades do país, provocando violência e prejuízos materiais, e pedindo a demissão do Presidente, Jovenel Moïse, que recusou as reivindicações dos populares como o acesso a alimentos a preços acessíveis.

Aliás, opositores não esperaram pelo discurso do primeiro-ministro, para apelar a novos protestos este domingo e amanhã, tendo em conta o desacordo sobre uma solução, entre Jean-Henry Céant, o Presidente e o Parlamento.

Teme-se, pois, que haja mais cenas de violência no país, donde foram hoje evacuados, 151 canadianos para o Canadá, canadianos que estavam bloqueados em Haiti, por causa de manifestações violentas.

Para Rafael Lucas, Professor universitário em Bordéus, de origem haitiana, as medidas anunciadas pelo primeiro-ministro são "provisórias porque apagam uma parte do incêndio" com raízes nos governos populistas do ex-Presidente Aristide.

01:43

Rafael Lucas, Professor universitário em Bordéus, sobre crise de Haiti

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