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REINO UNIDO

Justiça britânica impõe revés a primeiro-ministro

O Supremo Tribunal de justiça britânico declarou hoje a ilegalidade pelo primeiro-ministro Boris Johnson da suspensão do parlamento durante cinco semanas para acelerar o processo de saída do Reino Unido da União Europeia.

Primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, contesta decisão da justiça.
Primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, contesta decisão da justiça. REUTERS/Phil Noble
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É uma sentença histórica com consequências imprevisíveis no Reino Unido.
Hoje, o Supremo Tribunal decidiu que a suspensão do parlamento ordenada pelo primeiro-ministro, Boris Johnson, foi “ilegal” e que o principal objectivo foi impedir os deputados de confrontarem as acções do governo.

O efeito imediato é que o parlamento vai voltar aos trabalhos já amanhã, quase três semanas antes do previsto, possibilitando à oposição introduzir mais medidas para impedir um ‘Brexit’ sem acordo.

Actualmente em Nova Iorque, Boris Johnson vai antecipar o regresso a Londres, mas manteve um tom de desafio perante os apelos à demissão.

“Devo dizer que eu discordo totalmente com a decisão dos juizes, mas penso que o mais importante é avançar e concluir o Brexit a 31 de outubro e é claro que os requerentes neste caso querem frustrá-lo e impedi-lo".

Sem maioria no parlamento, e com a acção limitada pelos tribunals, o primeiro-ministro está numa situação frágil politicamente.
Mas perante umas eleições legislativas cada vez mais inevitáveis, a decisão do Supremo Tribunal pode contribuir para uma narrativa de conspiração das elites que Boris Johnson pode usar para se colocar do lado do povo votou pelo Brexit.

Confira aqui a crónica de Bruno Manteigas em Londres.

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