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Geórgia

Geórgia: aumenta a tensão contra o "Sonho Georgiano" no poder

A oposição apelou hoje a manifestações massivas diante do parlamento na capital, Tbilissi, para exigir a introdução do sistema de votação proporcional, com vista à sua aplicação já a partir das legislativas do ano que vem. Esta reforma do sistema eleitoral, prometida no passado mês de Junho pelo partido no poder "Sonho Georgiano" para pôr fim a anteriores protestos, foi rejeitada pelo parlamento há duas semanas, suscitando a fúria da oposição.

O oligarca Bidzina Ivanichvili, líder do "Sonho Georgiano" é considerado o homem forte do seu país.
O oligarca Bidzina Ivanichvili, líder do "Sonho Georgiano" é considerado o homem forte do seu país. REUTERS/Irakli Gedenidze
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Depois do parlamento, dominado de forma esmagadora pelos deputados do "Sonho Georgiano", rejeitar há duas semanas o projecto de reforma eleitoral prometido desde o passado mês de Junho, uma mega-manifestação foi organizada na passada segunda-feira. Durante estas marchas nas quais participaram 20 mil pessoas, as forças da ordem procederam a detenções que resultaram em curtas penas de prisão para uma dezena de manifestantes. Estas detenções, juntamente com a prisão a título preventivo de um dos líderes da oposição, Georgi Rurua, por "posse ilegal de armas", foram interpretadas pela oposição como uma tentativa de estancar a contestação.

O que começou em Junho por ser um movimento de oposição à visita no país de parlamentares da Rússia, país com o qual a Geórgia se envolveu num conflito armado em 2008, está agora a resvalar para uma contestação mais profunda. Os manifestantes reclamam não só a prometida reforma do sistema eleitoral como também a própria demissão do governo chefiado pelo partido "Sonho Georgiano", formação dirigida pelo crescentemente contestado oligarca Bidzina Ivanichvili.

Primeiro-ministro entre 2012 e 2013, Bidzina Ivanichvili que é actualmente o homem mais rico do país e é considerado "o verdadeiro Homem forte" da Geórgia, tem sido acusado de se agarrar ao poder.

Num comunicado conjunto, na semana passada, a União europeia e os Estados Unidos, apoiaram os manifestantes ao referir "defender totalmente a liberdade de manifestação e a liberdade de expressão".

Mais pormenores aqui.

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