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Coronavírus

Brasil: Estado de São Paulo prevê 100 mil mortes e Bolsonaro fura confinamento

O estado brasileiro de São Paulo decidiu estender as medidas de quarentena por mais duas semanas, no entanto as autoridades prevêem que o novo coronavírus provoque pelo menos 111 mil mortos nos próximos seis meses no estado.

A favela de Paraisópolis em São Paulo.
A favela de Paraisópolis em São Paulo. © REUTERS - AMANDA PEROBELLI
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São Paulo, conhecido como o estado com o maior número de habitantes no Brasil, com quase 46 milhões de pessoas, totalizou até agora 304 mortes devido à pandemia de Covid-19.

Esta estatística representa 54,9% do total nacional, que se cifra em cerca de 553 mortes segundo dados do Ministério da Saúde.

O governador do estado, João Doria, admitiu que "sem qualquer tipo de medida, teríamos 277 mil mortes no estado de São Paulo, mas com as medidas, evitaremos 166 000", o que significa que as autoridades apontam para 111 mil mortos apenas no estado paulista.

Jair Bolsonaro saiu novamente à rua

O presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, voltou a furar o confinamento e saiu novamente à rua, junto ao palácio presidencial, para estar com os seus apoiantes.

Contrariando as indicações sanitárias, foi ao encontro das pessoas que estavam junto do palácio presidencial.

De referir ainda que circularam informações sobre a suposta saída do cargo do ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, que no entanto foi desmentida pelo próprio: “Nós vamos continuar […] a gente vai enfrentar o nosso inimigo. O nosso inimigo tem nome […] Covid-19. Médico não abandona paciente. Eu não vou abandonar”, concluiu.

Favelas em risco

Os moradores das favelas na metrópole de São Paulo lutam contra a crise económica num momento em que admitem ter dificuldades para comprar comida e produtos básicos de higiene.

Em Paraisópolis, como em outras favelas, a pandemia de covid-19 tem sido um obstáculo para encontrar trabalho e ter um salário no fim do mês.

Andreia Paula da Silva, moradora de Paraisópolis, descreveu a sua situação pessoal, admitindo que não vai conseguir pagar as contas por causa da falta de trabalho, acrescentando que o seu filho também perdeu o emprego de cabeleireiro.

Andreia Paula da Silva contou que tem medo do novo coronavírus, um sentimento que não é partilhado por muitos moradores da favela onde ela vive. Essas pessoas pensam que não podem ficar infectadas assegurou a moradora de Paraisópolis.

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Andreia Paula da Silva, moradora de Paraisópolis

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