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Coreia do Sul: partido presidencial ultra favorito nas legislativas

Na Coreia do Sul esta quarta-feira é dia de eleições legislativas sem suspense, pois é certa a vitória do Partido Democrata no poder, liderado pelo Presidente Moon Jae-in.

Contagem de votos na Commissão Nacional Eleitoral  em Seul, após as eleições legislativas de 15 de abril 2020.
Contagem de votos na Commissão Nacional Eleitoral em Seul, após as eleições legislativas de 15 de abril 2020. REUTERS/Kim Hong-Ji
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Segundo sondagens à boca das urnas o Partido Democrata de centro-esquerda no poder e o seu partido satélite associado, deveriam obter esta quarta-feira (15/04) a maioria absoluta no parlamento sul-coreano.

Este escrutínio ficou marcado por uma participação recorde, apesar de organizado com medidas de precaução máximas, devido à pandemia de COVID-19, que afectou gravemente o país no final de fevereiro.

11.000 pessoas foram contaminadas na Coreia do Sul desde dezembro 2019, entre as quais se registaram 225 óbitos.

Sinal de resiliência dos eleitores sul-coreanos e de plebiscito à gestão da pandemia pelo Presidente Moon Jae-in, num país que a seguir à China foi o segundo mais atingido pelo COVID-19, mas que graças a um rastreio massivo, hoje apenas declara oficialmente cerca de 30 casos por dia, 40 esta quarta-feira (15/04).

Grande vitória para o partido do Presidente de centro-direita Moon Jae-in, dado que apesar da pandemia, cerca de 66% dos eleitores foram votar, com máscaras e luvas, depois de lavarem as mãos com gel hidro-alcoólico, submetidos a distanciamento social de um metro e auscultação de temperatura, no que foi a participação mais elevada em eleições desde 1992 e a mais forte em legislativas desde 2000.

Com maioria absoluta no parlamento - devendo obter entre 155 e 178 dos 300 deputados - o Presidente Moon Jae-in poderá terminar confortavelmente os dois anos do seu mandato único, com o grande desafio de restabelecer a economia do país, extremamente afectada pela pandemia.

O resultado deste escrutínio representa simultaneamente um grande revés para os conservadores do Partido do Futuro  Unificado, na oposição, que se limitou a criticar o governo, sem propostas de qualquer alternativa viável.

De ressalvar no entanto, a vitória do candidato conservador Thae Young-ho, antigo diplomata norte-coreano - o primeiro trânsfuga da Coreia do Norte - que venceu no distrito de Gangnam, o principal centro financeiro do país, situado no sudeste da capital Seul, conhecido como a "Manhattan coreana" e objecto em 2012 da famosa sátira musical "Gangnam Style" da autoria de Psy, que  obteve cerca de três biliões de visualizações no mundo inteiro.

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