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Futebol

Regresso do futebol, uma missão económica e social

O futebol tenta voltar à normalidade, enquanto as outras modalidades colectivas, sobretudo na Europa, decidiram encerrar as respectivas temporadas. O último resistente é o futebol.

A UEFA quer retomar a Liga dos Campeões europeus e a Liga Europa. Imagem de Ilustração.
A UEFA quer retomar a Liga dos Campeões europeus e a Liga Europa. Imagem de Ilustração. © AFP
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A temporada 2020 na Coreia do Sul arrancou há uma semana, o campeonato alemão de futebol vai retomar neste sábado, 16 de Maio, enquanto a Áustria tem um plano de retoma para o início do mês de Junho. O regresso aos relvados tem um objectivo desportivo mas sobretudo económico devido aos direitos televisivos que pesam no orçamento dos diferentes clubes.

A UEFA reiterou através do seu Presidente, o esloveno Aleksander Čeferin, que a melhor solução é terminar as temporadas disputando as últimas jornadas, mostrando-se satisfeito com o regresso da Bundesliga na Alemanha, e criticando o encerramento antecipado da época em França.

Aliás a UEFA, organismo que gere o futebol europeu, está a organizar um plano de retoma para terminar a Liga dos Campeões europeus e a Liga Europa, provas interrompidas na fase dos oitavos-de-final. Essa retoma seria durante o mês de Agosto.

Para Diogo Luís, antigo futebolista, o regresso do futebol é importante para os clubes em termos económicos, e também para a sociedade no aspecto social.

«É uma decisão ponderada na minha opinião. Nós temos de olhar para o futebol, não como um desporto, mas como um sector, sendo um sector de actividade, temos de tratá-lo como todos os outros. Hoje em dia não há certezas de nada, ninguém sabe o que vai acontecer, o que não vai acontecer, se os casos vão aumentar ou não. Mas a verdade é que a vida tem que continuar», concedeu o antigo futebolista.

Diogo Luís admitiu que certos países, como Portugal, poderiam sofrer graves consequências económicas se não regressarem aos relvados: «Colocando os pratos na balança, os prós e os contras, os pontos positivos e os pontos negativos, nós percebemos que o futebol tem de arriscar porque há muita coisa a ganhar e menos a perder, porque estão em causa os direitos televisivos que são uma grande fatia das receitas dos clubes. Neste caso maior em Portugal do que na Alemanha ou na Inglaterra por exemplo, mas a verdade é que não deixam de ser receitas muito importantes que fazem muita diferença nos orçamentos dos clubes. Como tal, e tendo em conta o risco, que é de poder haver contaminação, poder haver algum jogador contagioso e que contagie os outros, mas estamos a falar de um desporto, de um sector que irá ter os melhores cuidados médicos de cada um dos países, portanto vai ser muito protegido», frisou o economista luso.

Para o antigo futebolista, de 39 anos, o futebol também tem um aspecto importante na sociedade: «A mensagem que passa para a sociedade, porque o futebol também tem uma dimensão social, é que se as coisas começarem a correr bem no mundo do futebol, as pessoas vão sentir-se mais confiantes. Por outro lado, se houver a necessidade de terminar as provas mais cedo do que o esperado, a mensagem de receio também aumenta na sociedade. Tem que ser tudo feito com o devido cuidado, mas parece-me que havendo as condições sanitárias para arrancar, acho que temos de correr esse risco porque claramente compensa em termos financeiros», concluiu o português.

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Diogo Luís, economista português

De notar que Diogo Luís, economista português, representou o Benfica, o Alverca, o Beira-Mar, a Naval, o Estoril e o Leixões, em Portugal, além do Apollon Limassol, clube cipriota, durante a carreira de futebolista.

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