OMS recua no caso da hidroxicloroquina perante dúvidas sobre estudo
Imprecisões científicas, no que diz respeito ao estudo sobre o tratamento com hidroxicloroquina de pacientes da Covid-19, levam a Orgnaização Mundial de Saúde a reconsiderar a sua posição no que toca à utilização da molécula. Tradicionalmente utilizada no combate ao paludismo, a hidroxicloroquina tornou-se objecto de uma polémica nos círculos científicos mundiais, dos quais algumas figuras consideraram fatais os efeitos secundários do medicamento para as pessoas infectadas, pelo novo coronavírus.
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A reviravolta da Organização Mundial de Saúde,depois dos cientistas que trabalharam no estudo "Solidariedade (Solidarity) sob a égide da citada agência da ONU, assim como dos seus homómogos dos testes denominados Descoberta (Discovery), terem decidido suspender as pesquisas sobre a hidroxicloroquina aplicada à Covid-19 devido à publicação no dia 22 de Maio na revista The Lancet, de um estudo considerando a molécula ineficaz para combater o novo coronavírus, ocorre numa altura em que a epidemia regride na Europa, mas expande-se na América latina, tendo o Brasil como o pais mais afectado.
Depois de uma avaliação, o comité de segurança da OMS estimou que não existem razões para modificar o protocolo dos ensaios clínicos, no que diz respeito à hidroxicloroquina. A suspensão dos ensaios clínicos tinha sido motivada pelo estudo publicado na The Lancet, que levou igualmente a França a interromper o tratamento de pacientes da Covid-19, com hidroxicloroquina.
The Lancet reconheceu, na terça-feira, que o estudo efectuado por um firma americana, suscitava questões importantes.
Defensor da utilização do medicamento, o virologista francês Didier Raoult, escarneceu, através das redes sociais, o citado estudo que ele já tinha qualificado de "falhado" .
A OMS anunciou na quarta-feira a retomada dos ensaios sobre hidroxicloroquina aplicada à luta contra o coronavírus.Segundo a agância das Nações Unidas a decisão é baseada nas recomendações do Comité de Peritos Independentes, encarregado do estadudo Solidarity, que analisou os dados disponíveis sobre a mortalidade por Covid-19.
OMS recua no caso da hidroxicloroquina perante críticas à estudo publicado 04 06 2020
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