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Estados Unidos/George Floyd

Estados Unidos: 1 milhão de dólares de fiança para assassino de George Floyd

A justiça de Minneapolis decretou esta segunda-feira 1 milhão de dólares de fiança, para que o ex-policia branco Derek Chauvin, que assassinou o afro-americano George Floyd a 25 de maio, possa aguardar o julgamento em liberdade condicional  

O ex-polícia Derek Chauvin de frente e perfil, fotografias de arquivo fornecidas pelo condado de Hennepin a 31 de maio de 2020.
O ex-polícia Derek Chauvin de frente e perfil, fotografias de arquivo fornecidas pelo condado de Hennepin a 31 de maio de 2020. Hennepin County Jail/AFP/Archivos
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Derek Chauvin de 44 anos, foi ontem ouvido pela primeira vez em video-conferência, a partir da prisão de alta segurança de Minnesota, onde se encontra desde 29 de maio e a próxima audiência foi marcada para 29 de junho.

Chauvin, que foi filmado a 25 de maio pressionando com o joelho o pescoço de George Floyd durante quase nove minutos, até que Floyd, algemado, parou de respirar, viu a 3 de junho agravada a acusação de homicídio involuntário de 2° grau e morte no 3° grau, para homicídio voluntário, um crime passível de até 40  anos de prisão.

Na breve audiência de ontem, a juíza do condado de Hennepin, Jeannice Reding, decretou uma fiança de 1 milhão de dólares com várias condições, ou 1,25 milhões sem elas, para que ele possa aguardar o julgamento em liberdade condicional.

 O seu advogado, Eric Nelson, não se opôs a essa quantia, que o seu cliente provavelmente não poderá pagar.

 As condições impostas pela justiça são que Chauvin entregue as suas armas, não trabalhe mais na aplicação da lei ou na segurança e que não tenha contactos com a família de Floyd.

A fiança é elevada, pois a justiça considera que Derek Chauvin apresenta risco de fuga, devido à seriedade das acusações e à forte reacção do público contra este crime racista.

Os três outros ex-polícias, que assisitram impávidos ao assassínio de George Floyd, estão detidos e indiciados de cumplicidade de homicídio não premeditado e a sua fiança foi fixada em 750.000 dólares.

Os quatro foram demitidos do Departamento de Polícia no dia seguinte à morte de George Floyd.

Derek Chauvin ainda não se expressou desde que foi detido e na audiência desta segunda-feira (8/06) apenas confirmou o seu endereço, tendo utilisado o verbo no passado, dado que a sua esposa pediu o divórcio e através do seu advogado exprimiu o seu apoio e pesâmes à família de George Floyd.

Em 19 anos de carreira na polícia de Minneapolis, Derek Chauvin alterbou repreensões e felicitações.

Pelo menos 17 queixas foram interpostas contra o ex-polícia, por motivos não esclarecidos no dossier disciplinar tornado público pela polícia de Minnesta, mas que aponta que apenas uma delas resultou em sanções disciplinares, através de uma carta de repreensão.

O autor de uma das queixas, um jovem branco que na altura tinha 17 anos, afirma que foi visado com uma arma por Derek Chauvin, depois de um dos seus amigos ter atirado uma flecha em mousse em direcção dos transeuntes.

Em 2006, Derek Chauvin e 5 outros polícias abateram Wayne Reyes, um cidadão latino americano e afirmaram que abriram Fogo depois de o suspeito os ter visado com uma espingarda, o caso foi a tribunal e o júri decidiu que o uso da força tinha sido justificado.

Em 2008 Derek Chauvin feriu por balas o afro-americano Ira Latrell Toles, durante uma intervenção com outro polícia por violência conjugal.

Em 2011 Derek Chauvin estava presente, quando outro polícia feriu por balas Leroy Martinez, um índio norte-americano, sobre quem a polícia afirmou que estava armado.

 

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