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Internet

Twitter suprime dezenas de milhares de contas suspeitas de propaganda

A rede social americana Twitter anunciou o encerramento de dezenas de milhares de contas ligadas aos Estados Chinês, Russo e Turco alegadamente utilizadas para difundir propaganda e desinformação.

Twitter anunciou esta sexta-feira o encerramento de dezenas de milhares de contas ligadas aos governos da China, Rússia e Turquia.
Twitter anunciou esta sexta-feira o encerramento de dezenas de milhares de contas ligadas aos governos da China, Rússia e Turquia. © AFP/arquivo
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A Twitter que ultimamente se tem principalmente ilustrado pelo seu braço-de-ferro com o Presidente americano, indicou hoje ter desactivado 1.152 contas ligadas a Moscovo, cuja actividade consistia em difundir propaganda do partido no poder e atacar os seus opositores, sendo que foram igualmente desactivadas outras 7.340 contas que se dedicavam à promoçao do Presidente turco e do seu partido, uma medida perante a qual Ancara não deixou de denunciar o que qualificou de "tentativa inaceitável de difamar o governo turco".

A rede social anunciou também e sobretudo ter encerrado um "núcleo duro" de 23.750 contas ligadas à China e cujos conteúdos eram retomados por 150.000 outras que serviam de "amplificadores". A China, onde tanto este operador como a Youtube, Facebook e Google são proibidos, teria utilizado estas contas Twitter para difundir mensagens para o exterior defendendo o partido comunista chinês, o seu ponto de vista relativamente à luta contra o coronavírus e, mais recentemente, sobre as manifestações anti-racistas nos Estados Unidos.

Reagindo a esta decisão, Pequim considerou que é a China que é "a maior vítima de desinformação".

Já em Maio, este operador tinha lançado uma primeira ofensiva ao colocar um aviso preconizando a verificação de informações enunciadas por um porta-voz do governo chinês que retomava a tese segundo a qual os Estados Unidos poderiam ter introduzido a covid-19 na China. Menos recentemente, no ano passado, a Twitter mas igualmente a Youtube e a Facebook tinham encerrado milhares de contas que participavam numa campanha de Pequim visando lançar o discrédito sobre a mobilização pro-democracia em Hong Kong.

Paralelamente, noutra vertente, ontem a firma californiana Zoom admitiu ter fechado 3 contas de activistas dos Direitos do Homem nos Estados Unidos e em Hong Kong, a pedido de Pequim. Ao informar ter entretanto reactivado estas contas, a Zoom garantiu que no futuro "não iria mais permitir que pedidos de Pequim tenham impacto fora da China continental" e que "só iria aceder a exigências governamentais visando pôr fim a actividades que considerem ilegais nos seus respectivos territórios."

 

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