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Polónia/Política

Presidente cessante lidera primeira volta das eleições polacas.

Os polacos foram este domingo às urnas para eleger o seu novo presidente. Segundo os analistas, a eleição  será um teste para o presidente cessante e candidato à um novo mandato, Andrzej  Duda, e o seu Partido da Lei e Justiça, símbolo do populismo radical que emergiu na Polónia. Rafal Trzaskowski, actual autarca de Varsóvia e representante da aliança liberal "Plataforma Cívica", poderá ser o rival de Duda na segunda volta do escrutínio.  

Andrzej Duda, Presidente cessante da Polónia,cujo executivo é acusado de implementar reformas judiciais que põem em causa as liberdades  públicas e a democracia no seu país. Duda  candidatou-se à um novo mandato presidencial.
Andrzej Duda, Presidente cessante da Polónia,cujo executivo é acusado de implementar reformas judiciais que põem em causa as liberdades públicas e a democracia no seu país. Duda candidatou-se à um novo mandato presidencial. AFP/File
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O presidente cessante Andrzej Duda, 48 anos, é tido como  um dos principais aliados de Donald Trump na Europa, mas cuja administração populista tem desencadeado críticas no seio da União Europeia, enfrenta com esta eleição um verdadeiro teste, que será determinante para o futuro do populismo na Polónia.

O antigo sindicalista e primeiro Presidente da Polónia pós-pacto de Varsóvia, Lech Walesa refere que a eleição presidencial é crucial para a  consolidação da democracia na Polónia.

De acordo com as últimas sondagens de opinião, o chefe de Estado cessante Andrzej Duda, candidato do Partido Lei e Justiça (PiS), no poder,  não conseguirá obter uma maioria nesta primeira volta do escrutínio.

Rafal Trzaskowski, Presidente da Câmara Municipal de Varsóvia e candidato da coligação liberal Plataforma Cívica (PO), será o provável adversário de Duda na segunda volta da  eleição presidencial polaca. Trzaskowski  prometeu em caso de vitória reforçar as relações  entre Varsóvia e Bruxelas.

De acordo com a Comissão Eleitoral da Polónia, comparada com a eleição presidencial de 2015, a  afluência às mesas de voto nesta primeira volta registou um aumento significativo, passando de 14,61% há cinco anos  a 24,08 % em 2020, ao meio-dia.

Os  eleitores do país de 38 milhões de habitantes, no leste da Europa, estão divididos entre o Partido da Lei e Justiça, acusado de implementar reformas judiciais, que segundo os seus adversários põem em causa as liberdades públicas e a prática da democracia, e a promessa de uma Polónia diferente efectuada pela Plataforma Cívica de Rafal Trzaskowski.  

De acordo com a politóloga e professora da Universidade de Varsóvia Anna Materska-Sosowska, uma nova  vitória de Duda na eleição presidencial, significará uma deriva para um modelo idêntico ao da Hungria, actualmente liderada  por Viktor Orban.

 

Segundo estimativas  divulgadas pelo instituto especializado  Ipsos, depois do encerramento das mesas  de voto,o Presidente Andrzej Duda obteve na primeira volta do escrutínio  41,8% dos  votos e o seu rival da Plataforma Cívica,  Rafal  Trzaskoski 30,4%. 

A  primeira volta de  eleição presidencial polaco foi marcada  por  uma importante taxa de  participação  do eleitorado.

 

01:35

Eleição presidencial na Polónia um teste para o populismo 28 06 2020

         

 

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