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China

ONG denunciam aproveitamento de trabalho forçado uigur por marcas de roupa

Uma em cada cinco peças de roupa que usamos teria origem em trabalho forçado uigur na China, a denúncia é de uma aliança de quase 200 organizações de defesa dos direitos humanos de 36 países denunciando a repressão chinesa no Xinjiang contra os uigures, de confissão muçulmana da qual tiram proveito grandes marcas de pronto a vestir de todo o mundo, como a Adidas, a Nike, a Zara ou a Calvin Klein, por exemplo.

Homens uigures na parte ocidental do Xinjiang, região muçulmana da China.
Homens uigures na parte ocidental do Xinjiang, região muçulmana da China. © AFP
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Teresa Nogueira é especialista da China na Amnistia Internacional ela alega que só os consumidores poderão fazer a diferença para pesar neste contexto.

"Se os consumidores forem informados e começarem a recusar comprar material destas empresas, então, isso surtirá, efectivamente, efeito". Esta responsável afirma que tais condições contibuem para procurar "anular a cultura destas pessoas, dos uigures".

00:42

Teresa Nogueira, AI, especialista da China, sobre campanha para marcas renunciarem a roupa de campos uigures

Teresa Nogueira alega que os trabalhos forçados na China são prática corriqueira.

"Trabalho forçado na China é uma situação recorrente e só não vê quem não quer e só não vêem as empresas que querem ir para lá explorar. Quanto à situação dos uigures e dos cazaques e outras minorias étnicas que habitam o Xinjiang, desde séculos, estão numa situação de extrema vulnerabilidade".

Ela denuncia a prática de internamentos em campos "de trabalhos forçados onde tentaram formatar a mentalidade das pessoas e anular a sua consciência étnica."

01:07

Teresa Nogueira, AI, especialista da China, sobre trabalho forçado dos uigures

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