Acesso ao principal conteúdo
Israel

Netanyahu comparece novamente perante a justiça israelita

O Primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu compareceu hoje perante a justiça para novamente responder a acusações de corrupção. Nesta audiência que decorre no preciso momento em que arranca a campanha para as legislativas do próximo 23 de Março, as quartas no espaço de um pouco menos de dois anos, o chefe do governo declarou-se inocente.

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, voltou a rejeitar nesta segunda-feira as acusações de corrupção que pesam sobre ele numa breve audiência no tribunal de Jerusalém.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, voltou a rejeitar nesta segunda-feira as acusações de corrupção que pesam sobre ele numa breve audiência no tribunal de Jerusalém. AP - Reuven Castro
Publicidade

“Confirmo a resposta escrita submetida em meu nome”, disse apenas Netanyahu perante os seus três juízes em Jerusalém, nesta que foi a sua segunda audiência desde a abertura do processo no passado mês de Maio em que é formalmente acusado desde 2019 de corrupção, abuso de confiança e fraude em três casos.

No “caso 4.000", Netanyahu é acusado de ter tentado garantir uma cobertura favorável do site informativo Walla em troca de favores do governo a Shaul Elovitch, antigo dirigente do gigante israelita das telecomunicações Bezeq que controla o site informativo.

No “caso 2.000" ou Mediagate, o primeiro-ministro israelita é acusado de ter procurado garantir uma cobertura favorável, desta vez no Yediot Aharonot, um dos jornais mais lidos do país, em troca da promessa de fazer votar uma lei desfavorável ao jornal Israel Hayom, o seu principal concorrente.

No "caso 1.000", a terceira pedra no sapato de “Bibi”, o chefe do governo israelita bem como a sua esposa, Sara, são suspeitos de ter recebido presentes no valor total de cerca de 265.000 Dólares por parte de empresários, nomeadamente do produtor de Hollywood Arnon Milchan e do magnata australiano James Packer.

Já no início do seu processo em Maio do ano passado, o primeiro-ministro que não goza de imunidade qualificou de "ridículas" as acusações que pesam sobre ele.

Esta audiência na qual Netanyahu esteve presente durante apenas 20 minutos, sem que os juízes tenham fixado uma nova data para a continuação do julgamento, acontece num contexto peculiar, com a covid-19 a condicionar a vida da população, tendo inclusivamente motivado o adiamento da audiência inicialmente prevista em Janeiro, para esta segunda-feira.

O frente-a-frente do chefe do governo israelita com a justiça acontece igualmente numa altura em que o país se prepara para as quartas legislativas no espaço de um pouco menos de dois anos, no próximo dia 23 de Março.

Depois de ter selado em Abril do ano passado a formação de um governo de unidade nacional com o seu principal rival, o centrista Benny Gantz, Netanyahu viu esta aliança explodir no final de 2020, forçando à convocação de novas eleições.

Apesar de continuar à frente nas sondagens sobre as intenções de voto, os apoiantes de Netanyahu temem o impacto que este julgamento pode ter sobre as eleições e, neste sentido, a sua defesa pediu que as testemunhas não fossem ouvidas antes de alguns meses, argumentando que era necessário tempo para preparar o caso.

Indicio da crescente contestação de que tem sido alvo nos últimos meses, várias dezenas de manifestantes desafiaram as restrições sanitárias e concentraram-se junto da saída do tribunal, para exigir a demissão de Netanyahu, que chamam de “crime minister” (ministro do crime).

NewsletterReceba a newsletter diária RFI: noticiários, reportagens, entrevistas, análises, perfis, emissões, programas.

Acompanhe toda a actualidade internacional fazendo download da aplicação RFI

Partilhar :
Página não encontrada

O conteúdo ao qual pretende aceder não existe ou já não está disponível.