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Myanmar/ Política

Crescendo na violência e espectro de guerra civil pairam sobre Myanmar

Dez dos mais importantes grupos rebeldes, das minorias étnicas de Myanmar, decidiram apoiar o movimento de protestos contra o golpe de Estado militar, no país do sudeste asiático. A decisão poderia desembocar num conflito alargado, no país  já afectado pelas rebeliões armadas de grupos étnicos minoritários.     

Manifestação no distrito de Knu Doo Pla Ya, estado de Karen,leste  de Myanmar, no dia  de 2 Abril de 2021, a favor  do restauração da democracia no país asiático.
Manifestação no distrito de Knu Doo Pla Ya, estado de Karen,leste de Myanmar, no dia de 2 Abril de 2021, a favor do restauração da democracia no país asiático. AFP - HANDOUT
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Myanmar, em plena agitação desde o golpe militar, que no  dia 1 de Fevereiro derrubou a líder da Liga Nacional Democrática  Aung San  Suu Kyi e os seus partidários, vitoriosos nas últimas eleições legislativas do país do sudeste asiático, corre  o risco, segundo analistas, de mergulhar numa guerra civil  profunda.

De  acordo com um órgão de monitorização local, mais de 550 pessoas morreram  desde  que,  teve  início  o movimento de protestos  contra o golpe  militar em Myanmar e a intensidade da  repressão sangrenta   preocupa os cerca de 20 grupos étnicos minoritários e  as suas rebeliões armadas, que controlam  amplas  regiões do país, situadas principalmente nas zonas  fronteiriças.

Sábado, dez dos referidos grupos rebeldes reuniram-se virtualmente para discutir a situação em Myanmar e condenaram a utilização, pela junta militar, de balas reais contra os manifestantes anti-golpe.

Segundo o líder do Concelho da Restauração do Estado Shan, grupo rebelde da etnia shan, general Yawd Serk, a  junta militar deverá ser responsabilizada pelas mortes ocorridas nos  últimos dois meses, em Myanmar.

Na semana passada, a junta militar que governa em Yangon, declarou o cessar-fogo com os grupos étnicos minoritários armados, durante um mês.Yawd Serk considerou  que os militares no poder devem  também  pôr um termo a toda  e qualquer acção violenta contra os manifestantes anti-golpe.

 Yawd Serk  afirmou que os  dez grupos rebeldes que assinaram o cessar-fogo apoiam  o movimento de protestos e  pedem o fim  da ditadura militar.

A  conferência dos dirigentes das rebeliões armadas em Myanmar, ocorre  uma semana depois  da  União Nacional do Karen (KNU), um dos grupos rebeldes, ter-se apoderado de uma base militar no estado de Karen, no leste do país e matado dez  oficiais do exército. O governo militar bombardeou  com a força aérea,o citado grupo armado.

 

A junta militar decretou a suspensão de todos os serviços de internet e de transmissão de dados,em Myanmar, há 50 dias, assim como  prossegue a repressão das manifestações contra o golpe  de Fevereiro e a detenção  de opositores e  activistas, através do país.

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Crescendo na violência e receio de guerra civil em Myanmar 03 04 2021

          

 

 

        

 

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