Iémen: 65 mortos em combates entre o Governo e os rebeldes em Marib
No Iémen, desde o mês de Fevereiro, que os rebeldes Hutis estão a tentar tomar posse da cidade estratégica de Marib, que se encontra na zona petrolífera. Nas últimas 48 horas os combates entre o Governo e os rebeldes intensificaram-se e fizeram pelo menos 65 vítimas, segundo a agência francesa de notícias, AFP.
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A batalha de Marib, no norte do país, causou pelo menos 65 mortos, incluindo 26 membros das forças governamentais, segundo fontes das autoridades do Iémen.
Os Hutis estão a poucos quilómetros de Marib apesar do Governo ser apoiado pelas forças aéreas da coligação liderada pela Arábia Saudita.
Os rebeldes Hutis controlam uma grande parte do país e continuam os ataques apesar dos sucessivos apelos de cessar-fogo.
As Nações Unidas propõem um cessar-fogo e um plano de paz entre as duas partes. O plano inclui a abertura das estradas entre o Norte e o Sul do país para garantir a livre circulação das pessoas, da ajuda humanitária e mercadorias, além de um processo político de paz.
Riade também tentou convencer os Hutis, mas os rebeldes querem em contra-partida que o embargo aéreo e marítimo imposto pelos sauditas seja levantado.
Uma situação que é cada vez mais dramática para a população.
Recorde-se que os rebeldes partiram do Norte do Iémen apoiados com armas pelo Irão, apesar do desmentido dos iranianos, e conquistaram em finais de 2014 a capital, Sanaa, a 120 quilómetros de Marib.
Este conflito já fez milhares de mortos segundo organizações não-governamentais e provocou o maior desastre humanitário no mundo, de acordo com a ONU, com milhões de deslocados, inclusive cerca de um milhão no campo de refugiados de Marib.
A ONU alerta ainda que mais de 16 milhões de iemenitas podem enfrentar uma situação de fome aguda.
Marco Martins-Crónica 25-04-2021
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