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Conflitos

Talibã já estão às portas de Cabul

O Presidente afegão, Ashraf Ghani, disse que a remobilização é a prioridade das autoridades face ao avanço dos talibã que já estão às portas de Cabul. Este avanço já levou a maior parte dos países a evacuar os funcionários das suas embaixadas com António Guterres, secretário-geral das Nações Unidas a denunciar as restrições "horripilantes" que os talibã já impuseram às mulheres e às crianças nos territórios conquistados.

Os talibã já estão na terceira maior cidade do Afeganistão, Herat.
Os talibã já estão na terceira maior cidade do Afeganistão, Herat. © AFP
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Os talibã já controlam quase metade das principais cidades afegãs, estando agora às portas de Cabul. A última conquista foi Firozkoh, capital da província de Ghor, e Pul-i-Alam, capital da província de Logar, a apenas 50 km de Cabul.

Outras cidades como Lashkar Gah, Kandahar e Herat caíram na sexta-feira e estima-se que os terroristas já controlem todo o norte, oeste e o sul do Afeganistão.

Em resposta a este rápido avanço, as autoridades afegãs estão a remobilizar as suas forças, anunciou o Presidente  Ashraf Ghani.

"Na actual situação, a remobilização das nossas forças de segurança e defesa é a nossa prioridade e estamos a dar vários passos nesse sentido", disse o Presidente.

Já António Guterres, secretário-geral das Nações Unidas deu conta de informações "horripilantes" que denunciam severas restrições aos direitos de mulheres e crianças impostas pelos talibã nas áreas recém ocupadas.

"Estou profundamente preocupado com os primeiros indícios de que os talibã estão a impor restrições severas aos direitos humanos em áreas sob o seu controlo, especialmente às mulheres e jornalistas", disse o lider da ONU.

Perante o avanço deste grupo terrorista, vários países estão a reduzir ou mesmo a fechar as embaixadas no Afeganistão. Tal como os estados Unidos, Holanda, Suécia, Itália e Espanha também vão reduzir o número de diplomas ao mínimo possível, assim como a Alemanha.

Já a Noruega e a Dinamarca decidiram fechar temporariamente as suas delegações.

Os Estados Unidos, assim como o Reino Unido, anunciaram um reforço temporário das forças militares de forma a "não abandonar" as forças afegãs, embora a retirada total das forças ocidentais esteja prevista para 31 de agosto.

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