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Afeganistão

Presidente Ashraf Ghani abandonou o Afeganistão

Enquanto o Governo negoceia uma "transição pacífica" do poder com os talibão, o Presidente Ashraf Ghani abandonou o país, numa altura em que os terroristas já entraram capital e chegam mais soldados americanos para evacuar cidadãos estrangeiros do país.

Os talibã estão às portas de Cabul.
Os talibã estão às portas de Cabul. - AFP/File
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Os talibã chegaram hoje aos arredores de Cabul e os principais negociadores do grupo terrorista dirigiram-se ao Palácio Presidencial, onde estão a negociar a transição do poder com o atual executivo.

"Os afegãos não se devem preocupar, não vai haver ataques na cidade. Vai haver uma transferência pacífica do poder para se chegar a um governo de transição", garantiu Abdul Sattar Mirzakwal, ministro afegão do Interior.

Do lado do governo, os negociadores são o antigo presidente Hamid Karzai e Abdullah Abdullah, líder do Conselho de Reconcialiação Nacional Afegão e, segundo fontes das negociações em declarações à Associated Press, as conversações são "tensas".

Entretanto, o Presidente Ashraf Ghani abandonou o país, segundo anunciou Abdullah Abdullah, acrescentando que ele deverá "ser julgado por Deus".

Ainda segundo a agência Associated Press, milhares de pessoas estão a fugir da capital, tendo havido nos últimos dias filas para levantar dinheiro, enquanto vários helicopteros norte-americanos tentam retirar todo o pessoal da Embaixada dos Estados Unidos.

Os funcionários públicos afegãos abandonaram os seus escritórios e as principais embaixadas da capital queimaram apressadamente vários documentos já que não haverá tempo para uma saída ordeira.

Até agora ainda não foram registadas cenas de violência em Cabul, apenas alguns tiroteios nos arredores da cidade.

O porta-voz dos talibã, Suhail Shaheen, disse ao canal Al-Jazeera que o seu grupo "está pacificamente à espera da transferência de poderes em Cabul".

Com o regresso dos talibã, mais de 550 mil pessoas já deixaram as suas casas desde o início do ano, fugindo a um regime que já começa a ameçar as liberdades dos afegãos, especialmente das mulheres e das meninas.

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