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Afeganistão

O Afeganistão, ainda palco de confrontos, está à espera de um rumo

A resistência anti-Talibã anunciou hoje que continua envolvida em confrontos «duros» contra os islamistas no vale do Panchir, no leste do país, último reduto que ainda não se rendeu aos Talibã. A resistência não deu indicações sobre as baixas registadas entre os seus combatentes, mas de acordo com os Talibãs, pelo menos 31 elementos da resistência terão morrido em combate nestes últimos dias.

Dirigentes Talibã em Moscovo no passado dia 9 de Julho de 2021.
Dirigentes Talibã em Moscovo no passado dia 9 de Julho de 2021. AFP - DIMITAR DILKOFF
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Na passada quarta-feira, a ONG italiana Emergency indicou ter recebido no seu hospital em Cabul, «cinco feridos e quatro mortos provocados pelos combates em Gilhbahar», nas imediações do vale do Panchir.

Entretanto, em termos políticos, o país continua a aguardar o anúncio do governo que os Talibã pretendem instalar. Da composição deste governo e da actuação dos Talibã nas próximas semanas, vai depender a atitude da comunidade internacional.

Desde já a China anunciou que vai manter a sua embaixada em Cabul. O vice-director do gabinete político dos Talibã no Qatar garantiu que os novos donos do poder no Afeganistão, se comprometem a proteger os interesses, instituições e cidadãos da China naquele país.

Por seu turno, a União Europeia indicou que pretendia manter uma presença no país, «desde que as condições de segurança o permitam» segundo declarou o chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell.

A nível humanitário, a situação é considerada preocupante. De acordo com a ONU, o país está à beira de uma catástrofe humanitária, nomeadamente devido à seca e aos milhares de deslocados provocados pela guerra.

Pelo menos 18 milhões de pessoas encontram-se actualmente numa situação «desastrosa» segundo as Nações Unidas. Os Emirados Árabes Unidos anunciaram hoje o envio de um avião carregado com ajuda alimentar e médica de urgência para milhares de famílias, sem especificar para que região este apoio vai ser enviado.

Por outro lado, em declarações ao canal de televisão Al Jazeera, Mutlaq Al-Qahtani enviado especial do chefe da diplomacia do Qatar declarou que o seu país, que tem estado na vanguarda da mediação com os Talibã, tinha esperança de conseguir obter a abertura de "corredores humanitários" nos aeroportos do Afeganistão nas próximas 48 horas, “para que a ajuda humanitária possa entrar pelo aeroporto de Cabul e outros aeroportos em funcionamento”.

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