Conselho de Segurança ONU acusa Minsk de "instrumentalização de seres humanos"
Mais de 2.000 migrantes vindos do Médio Oriente estão retidos há vários dias num acampamento improvisado na fronteira da Bielorrússia com a Polónia com o objectivo de entrarem na Europa.
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O Conselho de Segurança da ONU reuniu-se ontem, com carácter de urgência, para discutir a crise humanitária na fronteira entre a Bielorrúsia e a Polónia e acusou Minsk de uma "instrumentalização orquestrada de seres humanos cujas vidas e bem-estar foram postos em perigo para fins políticos".
A reunião foi convocada por França, Irlanda e Estónia e é subscrita por estes 3 países com o apoio dos Estados Unidos da América, Noruega e Reino Unido.
Estes países, que integram o Conselho de Segurança das Nações Unidas, acusam a Bielorrússia de enviar mais de 2.000 migrantes vindos do Médio Oriente para a fronteira com a Polónia com o objectivo de "destabilizarem a fronteira externa da União Europeia e dos países vizinhos" e "desviarem a atenção das crescentes violações dos direitos humanos".
Para além disso, estes 6 países classificam o regime de Alexander Lukashenko como "uma ameaça à estabilidade regional".
Esta crise humanitária está longe de ser resolvida. Se a União Europeia decidir impor sanções contra a Bielorrússia, Minsk, com o apoio da Rússia já ameaçou cortar o fornecimento de gás à Europa. Apesar disso, o Kremlin já veio esclarecer que não vai suspender a entrega de gás à União Europeia.
Após as ameaças, Bruxelas já indicou que serão anunciadas novas sanções na próxima semana. Isto acontece numa altura em que o presidente bielorrusso também admitiu ter pedido ao seu homólogo russo ajuda para vigiar a fronteira com a União Europeia. Moscovo enviou bombardeiros estratégicos com capacidade nuclear como forma de controlar o que se passa na fronteira com a Polónia.
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