Acordo Nuclear: EUA e Irão retomam negociações
Os Estados Unidos e o Irão tentam, esta segunda-feira, ressuscitar o acordo nuclear, voltando à mesa de negociações, em Viena, após cinco meses de intervalo. No entanto, as expectativas são baixas, com os Estados Unidos a ameaçar rasgar o acordo de vez, o Irão a exigir cada vez mais concessões e Israel a ameaçar acção militar.
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O tom é bastante firme do lado iraniano com o chefe da delegação, Ali Bagheri Kani, a declarar que o objetivo principal é o fim de todas as sanções americanas, acrescentando que o Irão não confia no ocidente e que não vai repetir os erros do passado.
“O povo iraniano não se submeterá a ameaças militares e sanções econômicas”, prometeu.
Nos últimos meses, as autoridades iranianas ignoraram o apelo dos países ocidentais para voltarem à mesa das negociações, enquanto continuava a intensificar o seu programa nuclear.
Face à posição do Irão, o enviado dos EUA, Rob Malley, afirmou que Teerão tem estado a protelar o diálogo, enquanto acelera o ritmo de seu programa nuclear. Os EUA que já ameaçaram ameaçar sair de vez do acordo nuclear.
Diante da grande delegação iraniana, diplomatas de outros Estados ainda signatários do acordo - Grã-Bretanha, França, Alemanha, Rússia e China - assumem o papel de mediadores, enquanto os Estados Unidos de Joe Biden participam indiretamente das negociações.
O ministro israelita dos Negócios Estrangeiros, Yaïr Lapid, inicia esta segunda-feira um périplo europeu, na esperança de influenciar as posições de Londres e Paris nas negociações do acordo nuclear.
O inimigo número um do Irão, que já ameaçou uma acção militar, está preocupado com a possível suspensão de sanções em troca de restrições “insuficientes ao programa nuclear".
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