OMS fala em “cessar-fogo” da Covid-19 na Europa
A Organização Mundial da Saúde considerou, esta quinta-feira, que a pandemia de Covid-19 está numa situação de “cessar-fogo” na Europa que pode levar a “uma paz duradoura”. O anúncio acontece numa altura em que vários países começam a levantar as principais restrições sanitárias.
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Graças à alta taxa de imunidade e à escassa virulência da variante ómicron da Covid-19, o director para a Europa da Organização Mundial da Saúde, Hans Kluge, declarou, esta quinta-feira, que o continente está numa situação de “cessar-fogo” que pode levar a “uma paz duradoura” no que toca à pandemia.
Com o fim do Inverno, “este período de protecção mais elevada deve ser considerado como um cessar-fogo que nos pode trazer uma paz duradoura”, declarou o responsável, numa conferência de imprensa online.
Hans Kluge explicou que, para isso acontecer, é preciso que a alta taxa de imunidade se mantenha, com a continuação das campanhas de vacinação e a monitorização das novas variantes, sendo necessário que as autoridades sanitárias continuem a proteger as populações mais vulneráveis.
Nos 53 países que integram a OMS-Europa, alguns na Ásia central, o número de contágios de covid-19 disparou devido à variante ómicron. Na semana passada, a região registou quase 12 milhões de novos casos, o número mais elevado desde o início da pandemia há dois anos.
Vários países europeus, como a Dinamarca, a França e o Reino Unido, reduziram as restrições.
A Dinamarca foi o primeiro país a levantar todas as restrições a 1 de Fevereiro, com a reabertura das discotecas, o fim do uso obrigatório de máscara e do passe sanitário.
Em França, esta quarta-feira, o ministro da Saúde, Olivier Véran, declarou, numa entrevista ao canal televisivo BFMTV, que “o pior já passou”, que o passe vacinal poderá ser levantado “bem antes de Julho” e que o uso obrigatório de máscara, por exemplo, nos cinemas, poderá terminar na Primavera.
“À escala do país, ultrapassámos o pico dos contágios (…) Estamos a chegar ao pico das hospitalizações”, declarou o governante, sublinhando que “o pior já passou”.
"O passe vacinal terá um fim e, tendo em conta a dinâmica epidémica actual, é provável que esse fim seja bem antes do mês de Julho. A não ser que haja uma má notícia”, continuou.
No Reino Unido, também deixou de ser obrigatório o uso de máscara, o teletrabalho deixou de ser recomendado oficialmente e já se pode ir a espectáculos ou discotecas sem apresentar passe sanitário.
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