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#Guerra na Ucrânia

Ucrânia quer negociações, mas não na Bielorrússia

Ao quarto dia da invasão russa à Ucrânia, foram registadas várias explosões na capital, Kiev, e combates na segunda maior cidade do país, Kharkiv. O Presidente ucraniano disse estar disposto a negociar, mas não na Bielorrússia, como proposto pela Rússia.

Militares ucranianos em Kiev, 26 de Fevereiro de 2022.
Militares ucranianos em Kiev, 26 de Fevereiro de 2022. AFP - SERGEI SUPINSKY
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O Presidente ucraniano disse estar aberto a negociações com Moscovo, mas rejeitou a proposta russa de fazê-lo em Gomel, a segunda cidade da Bielorrússia, país que vê como cúmplice da invasão russa.

Volodymyr Zelensky disse que “Varsóvia, Bratislava, Budapeste, Istambul, Baku ou qualquer outra cidade seria boa”.

O Kremlin anunciou, este domingo, a chegada à Bielorrússia de uma delegação para negociar com Kiev e composta por responsáveis da presidência e dos ministérios dos Negócios Estrangeiros e da Defesa. O porta-voz do Kremlin disse, mesmo, que a delegação espera a chegada de homólogos ucranianos.

No mesmo dia, os bielorrussos pronunciam-se hoje em referendo sobre alterações à Constituição que eliminam o compromisso da Bielorrússia como “território sem armas nucleares” e substituiu esse artigo por outro que “exclui a agressão militar a partir do território” bielorrusso.

No final de janeiro, os Estados Unidos ficaram alarmados com o facto de esta reforma constitucional permitir a instalação de armas nucleares russas na Bielorrússia. Na quinta-feira, dia em que teve início a ofensiva militar da Rússia à Ucrânia, o Presidente bielorrusso afirmou que o seu país estaria pronto para acolher armas nucleares em caso de ameaça ocidental.

As alterações constitucionais também vão permitir ao Presidente bielorrusso, Alexander Lukashenko - no poder desde 1994 e aliado de Vladimir Putin- candidatar-se novamente ao cargo em 2025 e 2030, o que lhe poderia permitir ficar no poder até 2035. A reforma prevê, assim, a imunidade judicial vitalícia para os ex-presidentes e a introdução de um limite de dois mandatos presidenciais, que só entrará em vigor a partir das próximas eleições.

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