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Afeganistão

Talibã proíbem meninas de voltar às aulas duas horas depois da reabertura das escolas

Sem razão aparente, os talibã no Afeganistão fecharam as escolas para meninas duas horas depois da reabertura. Assim, milhares de raparigas continuam sem acesso aos estabelecimentos de ensino básico e secundário em todo o país.

As meninas no Afeganistão estão impedidas de voltar à escola desde a tomada de poder dos talibã em agosto de 2021.
As meninas no Afeganistão estão impedidas de voltar à escola desde a tomada de poder dos talibã em agosto de 2021. © Getty/Kaveh Kazemi
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As meninas no Afeganistão passaram duas horas na escola após sete meses de ausências dos estabelecimentos de ensino básico e secundário desde que os talibã tomaram o poder. Duas horas depois da entrada, os talibã revogaram a autorização das meninas voltarem a estudar, enviando-as novamente para casa.

O porta-voz dos talibã, Inamullah Samangani, confirmou à Agence France Presse que as meninas tinham sido ordenadas a voltar para casa, não fazendo qualquer comentário sobre esta decisão. Mais tarde, o Ministério da Educação do Afeganistão publicou uma nota onde informou que as escolas para raparigas vão continuar fechadas até haver um plano escolar que inclua a Lei Islâmica e a cultura afegã.

Desde Agosto, quando os talibã tomaram o poder em Cabul, que as meninas a partir dos 12 anos deixaram de estudar, enquanto os rapazes voltaram à escola logo em Outubro de 2021. As escolas começaram por estar fechadas devido à pandemia, com os talibã a referirem depois que queriam assegurar a existência de escolas segregadas para todas as raparigas entre 12 e 19 anos.

Também o ensino primário não está garantido em todo o país para as meninas, com muitas alunas a não terem perto de si uma escola segregada, dando-se primazia à educação dos rapazes.

O regresso das meninas à escola tem sido um dos maiores pontos de negociação com os talibã que tentam legitimar externamente o seu Governo e procuram apoios para desenvolver o seu país. Estas ajudas vindas de países como a Noruega, têm sido oferecidas em troca de uma educação igual para raparigas e rapazes.

Desde que chegaram ao poder, os talibã não só impedem a escola para as meninas com mais de 12 anos, como também que as mulheres estudem nas universidade, possam ter trabalhos na função pública e proibindo-as de viajar sozinhas entre cidades no Afeganistão.

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