30° dia da ofensiva russa na Ucrânia
Pelo 30° dia consecutivo, a violência continua. 4 pessoas foram mortas no bombardeamento russo de um centro humanitário em kharkiv, no leste do país, segundo indicou a polícia local especificando que "nenhuma estrutura militar se encontra por perto". Na cidade portuária de Mariupol, no sul do país, a autarquia local estimou hoje que 300 pessoas terão morrido no bombardeamento da aviação russa contra o teatro local no passado dia 16 de Março.
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Entretanto, a Rússia afirma por seu lado ter destruído ontem a maior reserva de combustível do exército ucraniano perto de Kiev. Também do lado russo, um capelão militar foi morto debaixo de balas ucranianas numa aldeia russa perto da fronteira com a Ucrânia, indicou hoje a igreja ortodoxa.
No campo politico, as autoridades russas que dão conta de poucos avanços nas negociações com a Ucrânia, indicaram hoje que vão doravante concentrar-se sobre a "libertação" completa da região russófona do Donbass e já não vão focar-se na conquista da totalidade do território ucraniano.
Por seu lado, em Bruxelas, a Ucrânia reclamou aos seus parceiros europeus que fechem as suas fronteiras com a Rússia e a Bielorússia que tem apoiado a ofensiva de Putin. Também em Bruxelas, os Estados Unidos e os 27 anunciaram a criação de um grupo de trabalho com vista a reduzir a dependência da Europa das energias fósseis russas. Os Estados Unidos comprometeram-se desde jà a fornecer este ano 15 mil milhões de metros cúbicos suplementares de gás natural liquefeito à Europa.
Também esta sexta-feira, logo após este anúncio, o Presidente americano, Joe Biden, encetou a segunda etapa da sua digressão europeia que o conduz agora à Polónia, o país que mais refugiados ucranianos recebeu desde o início da invasão russa. No âmbito desta visita de dois dias, Joe Biden dirigiu-se a Rzeszow, localidade situada a 80 km da fronteira com a Ucrânia, onde se encontram estacionados militares americanos. Os Estados Unidos destacaram para a Polónia 10.500 militares sobre um total de mais de 100.000 em posto na Europa no âmbito do reforço do dispositivo de defesa da NATO.
Desde o começo da ofensiva russa na Ucrânia, a ONU contabilizou 1.081 mortos e 1.707 feridos entre os civis. Sobre uma população de cerca de 40 milhões de pessoas, a ONU calcula que mais de metade dos ucranianos teve de abandonar a sua zona de residência e que 3,7 milhões de pessoas tiveram que encontrar refúgio fora do país.
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