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Etiópia

Etiópia: Rebeldes comprometem-se a respeitar cessar-fogo

Os rebeldes do Tigray comprometeram-se esta sexta-feira, 25 de Março,a respeitar um cessar-fogo, horas depois do governo etíope ter anunciado uma "trégua humanitária ilimitada".


Os rebeldes do Tigray comprometeram-se esta sexta-feira, 25 de Março,a respeitar um cessar-fogo, horas depois do governo etíope ter anunciado uma "trégua humanitária ilimitada".
Os rebeldes do Tigray comprometeram-se esta sexta-feira, 25 de Março,a respeitar um cessar-fogo, horas depois do governo etíope ter anunciado uma "trégua humanitária ilimitada". © REUTERS/Baz Ratner
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Em conflito há 17 meses com o exército da Etiópia, os rebeldes do Tigray  dizem estar comprometidos com a aplicação de "uma cessação das hostilidades, com efeito imediato" e pediram ao governo etíope "a apresentação de medidas concretas para facilitar o acesso a Tigray", região do norte da Etiópia, sob ameaça de fome.

O governo etíope do primeiro-ministro Abiy Ahmed declarou na quinta-feira uma "trégua humanitária unilateral", permitindo "a livre circulação de ajuda humanitária para quem precisa de assistência" no Tigray, onde nenhuma ajuda consegue chegar desde 15 de Dezembro.

Os rebeldes mostram-se determinados com o sucesso do cessar-fogo, embora considerem que "vincular questões políticas e humanitárias é inaceitável", mas garantem que "farão o possível para dar uma chance à paz".

4,6 milhões de pessoas em situação de “insegurança alimentar”

As forças governamentais e os independentistas do Tigray confrontam-se no norte da Etiópia desde que, em Novembro de 2020, Abiy Ahmed enviou o exército federal para desalojar as autoridades da região, governada pela Frente de Libertação do Povo do Trigray (TPLF), que contestava a autoridade de Ahmed há meses.

Rapidamente derrotadas, as tropas rebeldes do TPLF conseguiram, no ano passado, recuperar militarmente a zona de Tigray e o conflito alastrou às regiões vizinhas de Amhara e Afar.

De acordo com o Programa Alimentar Mundial, em Janeiro, 4,6 milhões de pessoas, ou 83% dos cerca de seis milhões de habitantes da região, estavam em situação de "insegurança alimentar", enquanto que dois milhões sofriam de "extrema penúria alimentar".

Desde meados do mês de Fevereiro, as operações humanitárias no Tigray - onde mais de 400.000 pessoas foram deslocadas devido ao conflito - foram praticamente interrompidas pela escassez de combustível e dinheiro, segundo a ONU.

A ONU tem igualmente denunciado um "bloqueio humanitário" do Tigray, acusações rejeitadas pelo governo e pelos rebeldes do Tigray.

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