Acesso ao principal conteúdo
Ucrânia

Forças pro-russas afirmam ter tomado o controlo de Lyman no leste da Ucrânia

Neste que é o 93° dia da ofensiva de Moscovo na Ucrânia, os separatistas pro-Rússia afirmaram ter tomado o controlo da localidade de Lyman, um dos pontos estratégicos do Donbass no leste da Ucrânia, zona já parcialmente controlada pelos separatistas desde 2014.

Fumo por cima de Sievierodonetsk, cidade do leste da Ucrânia bombardeada no dia 16 de Maio de 2022.
Fumo por cima de Sievierodonetsk, cidade do leste da Ucrânia bombardeada no dia 16 de Maio de 2022. AFP - ARIS MESSINIS
Publicidade

A confirmar-se esta possível nova vitória das forças pro-russas cujo objectivo claramente enunciado é de tomar o controlo da zona mineira local, abrir-se-ia também o caminho para um cerco total da aglomeração formada pelas cidades de Sievierodonetsk e Lyssytchansk.

A ofensiva também continua noutros pontos do país. Em Kharkiv, segunda cidade do país situada a 50 quilómetros da fronteira com a Rússia, bombardeamentos provocaram morte ontem de 9 pessoas, todas civis segundo Kiev. Paralelamente, de acordo com fontes locais, uma dezena de pessoas morreram e outras 30 ficaram feridas em bombardeamentos russos hoje contra uma instalação militar em Dnipro, grande cidade do centro-leste do país.

O Presidente ucraniano que ontem à noite voltou a acusar Vladimir Putin de estar a cometer um "genocídio" no Donbass, também responsabilizou hoje o seu homólogo russo pela crise alimentar que se vive actualmente no mundo devido ao conflito. Ao referir que 22 milhões de toneladas de cereais estão armazenados à espera de poderem ser exportados, Zelensky disse estar "a envidar esforços no intuito de exportar através de outros itinerários", mas que a Rússia está a "bloquear esses esforços".

O Kremlin que, por sua vez, acusa Kiev de genocídio contra a população russófona do Donbass, rejeitou também qualquer responsabilidade na crise alimentar mundial. Ainda ontem, o Presidente russo propôs ajudar a "ultrapassar a crise alimentar" na condição que sejam levantadas as sanções ocidentais, o que lhe valeu acusações de chantagem.

Ainda no campo político, Moscovo rejeitou ontem um plano de paz proposto pela Itália que previa, sob a égide da ONU, um cessar-fogo e uma retirada das tropas, a entrada da Ucrânia na União Europeia e não na NATO, assim como um estatuto de autonomia para o Donbass e a Crimeia no seio da Ucrânia.

Desde o início da ofensiva russa na Ucrânia, a ONU estima que poderão ter morrido mais de 4.000 civis, as Nações Unidas alertando que esse número é provavelmente muito maior.

NewsletterReceba a newsletter diária RFI: noticiários, reportagens, entrevistas, análises, perfis, emissões, programas.

Acompanhe toda a actualidade internacional fazendo download da aplicação RFI

Partilhar :
Página não encontrada

O conteúdo ao qual pretende aceder não existe ou já não está disponível.