Tropas russas "perdem terreno em Severodonetsk"

O governador regional de Lugansk, Sergui Gadai, disse este domingo, 5 de Junho, que as tropas russas perderam terreno na cidade de Severodonetsk, cuja conquista total é um dos objetivos, declarados, de Moscovo.

O governador regional de Lugansk, Sergui Gadai, disse este domingo, 5 de Junho, que as tropas russas perderam terreno na cidade de Severodonetsk, cuja conquista total é um dos objetivos, declarados, de Moscovo. AFP - ARIS MESSINIS

As tropas russas perderam terreno em Severodonetsk, onde prosseguem os intensos combates de rua, afirmou este domingo o governador regional de Lugansk, Sergui Gaidai, sublinhando que a cidade está agora dividida em duas, mas as tropas ucranianas conseguiram reposicionar-se, para construir uma linha de defesa”.

“Os russos controlavam cerca de 70 por cento da cidade, mas nos últimos dois dias foram empurrados para trás. A cidade está dividida em duas, eles têm medo de circular livremente”, disse o responsável da região de Lugansk, Sergui Gaidai, acrescentando que as forças ucranianas capturaram oito prisioneiros russos.

A conquista total  da cidade estratégica de Severodonetsk é um dos objetivos, declarados, de Moscovo, permitindo à Rússia garantir o controlo do Donbass, uma região de exploração mineira, ocupada parcialmente por separatistas pró-russos desde 2014.

Este domingo, o  Presidente da Rússia, Vladimir Putin, advertiu  que atacará novos alvos se o Ocidente continuar a fornecer mísseis de longo alcance à Ucrânia, referindo que as atuais entregas de armas têm por objetivo “prolongar o conflito”

A mensagem acontece no dia em que kyiv voltou a ser alvo de ataques, com o presidente da câmara de Kyiv, Vitali Klitschko, a afirmar que várias explosões abalaram os bairros de Darnytsky e Dniprovsky da capital, uma pessoa foi hospitalizada.

Desde o início da invasão russa da Ucrânia 262 crianças foram mortas e 462 ficaram feridas, anunciou o Parlamento ucraniano, numa mensagem publicada no Telegram. 

O Parlamento admite que "estes números não são definitivos", porque não contabilizam as potenciais vítimas nas áreas onde os combates ainda estão em curso, bem como nos territórios "temporariamente ocupados".