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Futebol Feminino

Ana Borges: «Importante não são as 145 internacionalizações, é triunfar com a Selecção Portuguesa»

A Selecção Portuguesa de futebol feminino defronta, na quarta-feira 13 de Julho, os Países Baixos num jogo a contar para a segunda jornada do Grupo C do Campeonato da Europa.

Ana Borges, internacional portuguesa.
Ana Borges, internacional portuguesa. © AFP - OLI SCARFF
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Um jogo importante, mas não decisivo visto que Portugal, qualquer que seja o resultado frente às holandesas, terá o destino nas mãos na derradeira jornada frente à Suécia.

A Selecção Portuguesa entra para esta segunda jornada na liderança do Grupo C com um ponto, os mesmos que as outras selecções, isto após o empate a duas bolas frente à Suíça.

Nesse jogo frente às suíças, para além de várias estreias no Europeu do lado português, houve também um recorde igualado: Ana Borges, ponta-de-lança portuguesa, atingiu as 145 internacionalizações, igualando Carla Couto no topo da classificação.

Em entrevista à RFI, Ana Borges, jogadora do Sporting Clube de Portugal, admitiu ser um orgulho atingir esse feito, mas o importante é triunfar com a Selecção Portuguesa.

A atleta portuguesa, de 32 anos, que já representou o Prainsa Zaragoza e o Atlético Madrid em Espanha, o Blue Heat nos Estados Unidos, o Chelsea na Inglaterra e o Sporting Clube de Portugal em território luso, também abordou o jogo frente à Suíça e o próximo adversário, os Países Baixos.

RFI: 145 internacionalizações, qual é o sentimento?

Ana Borges: É como se fosse a primeira internacionalização. Devemos estar todas orgulhosas cada vez que levamos o nosso país ao peito, isso é o mais importante, independentemente das internacionalizações que fazemos ou não.

RFI: Frente aos Países Baixos, pode chegar às 146 internacionalizações e bater o recorde?

Ana Borges: Sim mas não penso nisso. Não penso em ultrapassar e bater esse recorde. O meu objetivo não é esse, o meu objetivo é ganhar todos os jogos com a Selecção, mesmo se para isso tivesse de prescindir de metade das minhas internacionalizações.

RFI: Pensava chegar a este número?

Ana Borges: Não, nem acho que seja o foco de qualquer jogadora. Pensamos sim em elevar o nosso país, representá-lo da melhor maneira, e depois as coisas vão surgindo.

RFI: O que é importante antes do jogo frente aos Países Baixos?

Ana Borges: Tudo é importante, a recuperação, bem como a alimentação. Sabemos que os Países Baixos são as actuais campeãs da Europa, sabemos o peso do jogo, no entanto temos de fazer aquilo que nos é pedido, e se assim for, acho que podemos sair daqui com um sorriso na cara.

RFI: Que análise podemos fazer do empate frente à Suíça?

Ana Borges: Sabíamos do potencial que tinha a Suíça, e após termos sofrido dois golos, sabíamos que ia ser ainda mais complicado. No entanto, para quem viu o jogo até ao fim, viu claramente que Portugal podia ter saído do jogo com os três pontos. Entrámos muito bem na segunda parte, mostrámos o nosso carácter e o colectivo que nós temos.

RFI: Como podemos explicar os dois primeiros golos sofridos nos minutos iniciais?

Ana Borges: Acho que entrámos mais nervosas no início, sofremos dois golos, a partir daí foi lutar contra a corrente. Lutámos, empatámos o jogo e podíamos ter ganho. Faz parte do jogo.

RFI: O que o treinador lhes disse no intervalo?

Ana Borges: O treinador transmitiu-nos tranquilidade. Sabíamos que ainda iríamos ter uma segunda parte, sabíamos que não podíamos entrar como na primeira porque seria muito duro. No entanto, qualquer equipa que está atrás no resultado, tem de correr atrás para virar o resultado, foi o que fizemos dentro das quatro linhas. Foi uma mais valia porque empatámos frente à Suíça. Sabemos que os próximos jogos vão ser diferentes.

RFI: O resultado frente à Suíça poderia ter sido outro?

Ana Borges: Saímos do jogo com a sensação que poderíamos ter feito o 3-2 ou até 4-2, mas não conseguimos. Aqueles dois golos sofridos no início foram complicados.

RFI: Havia muitos adeptos portugueses frente à Suíça, qual foi a sensação?

Ana Borges: Foi incrível sentir o apoio dos adeptos, mesmo quando estávamos por detrás no resultado. Foi muito bom. Quando já não temos forças, por exemplo, vamos buscar ainda forças graças a eles. 

 

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Ana Borges, ponta de lança da selecção portuguesa 12-07-2022

 

Ana Borges, atleta portuguesa do Sporting CP.
Ana Borges, atleta portuguesa do Sporting CP. © AFP - OLI SCARFF

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