Rússia bombardeia porto de Odessa um dia após acordo com a Ucrânia
Foram necessárias apenas 24 horas para a Rússia voltar a bombardear o Porto de Odessa, após assinar um acordo com a Ucrânia, em Istambul, para desbloquear as exportações de cereais ucranianos. O acontecimento já provocou a reacção de diversas autoridades.
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Segundo os relatos das autoridades ucranianas, o exército russo disparou quatro mísseis de cruzeiro (Kalibr) contra o porto comercial de Odessa, e acrescentaram ainda que dois mísseis foram interceptados, mas os outros dois atingiram as infra-estruturas.
O Governo ucraniano acusou a Rússia de "cuspir na cara" da ONU e da Turquia, e diz que a Rússia deve assumir "toda a responsabilidade" se o acordo alcançado na sexta-feira, em Istambul, for quebrado.
O Secretário-Geral das Nações Unidas, António Guterres, "condenou inequivocamente" o ataque, e salientou que o cumprimento das obrigações estipuladas pelo acordo é obrigatório.
O chefe da diplomacia europeia (UE), Josep Borrell, também condenou o bombardeamento. Numa publicação no Twitter, o mandatário europeu enfatizou que esta acção demonstra o “desrespeito da Rússia pelo direito internacional”.
Entretanto, o ministro da Defesa turco veio a público anunciar que a Rússia garantiu não estar envolvida no ataque.
O acordo que foi celebrado pela Comunidade Internacional como um farol de alívio no mar Negro, estipulava a passagem segura de navios através de corredores. A Rússia concordou em não os atacar.
Outro destaque é o estabelecimento de um centro de controlo em Istambul, composto por representantes da ONU, da Turquia, da Rússia e da Ucrânia, para administrar e coordenar o processo.
Os navios com cereais devem ainda passar por inspecções, para garantir que não levam armas para entregar a Kiev. Porém, o ministro ucraniano rejeitou que os russos escoltem navios ucranianos, e também a presença de representantes de Moscovo nos portos da Ucrânia.
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