Eleições presidenciais sob alta tensão no Brasil

É dia de eleições gerais no Brasil. 156 milhões de eleitores são chamados as urnas para escolher o presidente da república, os 27 governadores de estados e renovar o Congresso Nacional e as assembleias legislativas estaduais. As últimas sondagens antecipam uma possível vitória do ex-presidente Lula da Silva e uma derrota do chefe de estado cessante Jair Bolsonaro logo à primeira volta.

Lula (à esquerda) e Bolsonaro (à direita), são os dois grandes favoritos entre os 11 candidatos às presidenciais deste Domingo no Brasil. AP

Até ao último dia de campanha, Lula da Silva e Jair Bolsonaro, os dois grandes favoritos, percorreram o país para tentar angariar votos. Neste sábado, os dois participaram em eventos no estado de São Paulo, o maior colégio eleitoral do país.

A campanha foi polarizada entre o actual chefe de estado, ex-militar, que se apresenta como defensor dos valores cristãos e o ex-mandatário Lula, lembrado pelas suas políticas de inclusão social. O último debate foi marcado por acusações mútuas de corrupção e, como quatro anos atrás, noticias falsas inundam as redes sociais. Uma última sondagem publicada neste sábado indica que Lula poderá ganhar logo neste domingo com mais de  50% dos votos válidos.

Jair Bolsonaro, que sofre de uma grande rejeição, mas que também tem uma sólida base de apoio, coloca em questão o sistema de votação electrónica, deixando duvidar se aceitará o resultado em caso de derrota. Ele votará e acompanhará o apuramento no Rio de Janeiro, enquanto Lula estará em São Bernardo do Campo, os seus respectivos berços políticos.

O clima de tensão no país faz com que apesar de o voto ser obrigatório para eleitores de menos de 70 anos, uma sondagem mostrou que 9% deles poderiam desistir de votar por medo da violência politica neste dia de eleição.