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Irão

Polícia volta a disparar contra manifestantes no Irão

O fim do luto pela jovem Mahsa Amini voltou a levar a confrontos entre manifestantes e polícia no Irão, com as autoridades a dispararem contra quem protestava, mesmo se o regime já havia reforçado as medidas de segurança.

As manifestações pela morte de Mahsa Amini continuam no Irão, apesar de o regime ter reforçado as medidas de segurança já que acabam hoje os 40 dias de luto, tradicionais na religião muçulmana, pela jovem.
As manifestações pela morte de Mahsa Amini continuam no Irão, apesar de o regime ter reforçado as medidas de segurança já que acabam hoje os 40 dias de luto, tradicionais na religião muçulmana, pela jovem. AP - Emrah Gurel
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Mesmo contra um forte dispositivo de segurança que visava impedir os protestos dos manifestantes que há mais de um mês agitam o Irão, várias pessoas se reuniram hoje junto à sepultura da jovem Mahsa Amini, alegadamente morta pela polícia da moral iraniana a 16 de Setembro. O protesto de hoje assinalava o fim dos tradicionais 40 dias de luto da religião muçulmana, uma data emblemática pelos que se batem pelos direitos das mulheres.

O protesto aconteceu na cidade de Saghez, no Kurdistão, de onde era originária Mahsa Amini e as forças de segurança abriram fogo contra os manifestantes e lançaram granadas de gás lacrimogéneo. Cerca de duas mil pessoas juntaram-se nesta cidade, gritando palavras de ordem como "Mulher, vida e liberdade" ou "morte ao ditador", segundo vídeos difundidos nas redes sociais.

Após os confrontos com a polícia, a internet foi mesmo cortada em toda a cidade pelas autoridades iranianas. O regime já imaginava um número considerável de protestos nesta data emblemática, tendo reforçado o dispositivo de segurança com escolas e universidades fechadas, assim como um dispositivo anti-motim em Teerão. Mesmo este dispositivo não impediu novas manifestações hoje não só em Teerão, mas também em Mashhad ou Ahvaz.

Os protestos pela morte de Mahsa Amini já fizeram pelo menos 141 mortos, incluindo crianças, segundo um relatório da organização não-governamental Iran Human Rights, baseada em Oslo. De forma a ripostar contra a pressão internacional, o regime de Teerão impôs sanções a figuras públicas, instituições e meios de comunicação europeus que têm dado eco aos protestos do último mês.

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