Exportação de cereais ucranianos continua apesar da suspensão russa
Esta segunda-feira, continuou a exportação de cereais ucranianos através do corredor marítimo no mar Negro e apesar da retirada da Rússia do acordo internacional. Também hoje, as forças russas lançaram ataques a instalações energéticas em várias regiões da Ucrânia.
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A Rússia lançou, esta segunda-feira de manhã, ataques a instalações energéticas em várias regiões da Ucrânia. Oitenta por cento dos habitantes da capital ficaram sem abastecimento de água e "centenas de localidades" ficaram sem electricidade, segundo as autoridades ucranianas.
As forças armadas russas confirmaram ter realizado "ataques com armas de alta precisão e longo alcance (...) contra o comando militar e os sistemas de energia da Ucrânia".
Estes novos ataques ocorrem depois de Moscovo ter anunciado, no fim-de-semana, a suspensão da sua participação no acordo sobre as exportações de cereais ucranianos, vitais para o abastecimento mundial de alimentos.
Hoje, apesar da retirada da Rússia do acordo internacional, continuou a exportação de cereais através do corredor marítimo no mar Negro. Pelo menos seis navios carregados de cereais zarparam da Ucrânia rumo à Turquia, de acordo com o site Marine Traffic, e era esperado que 12 navios no total percorressem essa rota, segundo o Centro de Coordenação Conjunta, encarregue de supervisionar o acordo. Amir Abdulla, coordenador da ONU para esse acordo de exportação de cereais, avisou que "nenhum navio civil se pode tornar num alvo militar nem ser tomado como refém" e que "a comida tem de passar". O Presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, também disse que vai continuar a defender o acordo.
Na sexta-feira, a Rússia anunciou que suspendia o acordo sobre as exportações de cereais ucranianos depois de um ataque de drone sobre Odessa. O acordo, que entrou em vigor a 1 de Agosto e que expira a 19 de Novembro, permitiu exportar mais de 9,3 milhões de toneladas de cereais e outros produtos da Ucrânia.
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