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Estados Unidos da América

Democratas só precisam de mais um eleito para controlar o Senado

Os democratas ganharam um senador no Arizona, deixando o partido a apenas um lugar de controlar o Senado. As eleições intercalares costumam prejudicar o partido do Presidente, mas para a investigadora Diana Soller, a derrota "não foi significativa", com Donald Trump a poder de qualquer forma apresentar a sua candidatura já na próxima semana.

O Nevada ainda não terminou a contagem dos votos, quase quatro dias depois das eleições intercalares.
O Nevada ainda não terminou a contagem dos votos, quase quatro dias depois das eleições intercalares. AP - Gregory Bull
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O apuramento dos resultados continua no Nevada, mas esta noite, o candidatos dos democratas no Arizona, Mark Kelly, conseguiu a sua reeleição no Senado, deixando o partido mais próximo de controlar o Senado, um grande feito para o partido do Presidente. Mark Kelly é um antigo astronauta que foi ao espaço quatro vezes, e durante a sua campanha concentrou-se em temas como o direito ao aborto, proteção da segurança social e redução do preço dos medicamentos.

Para Diana Soller, investigadora do Instituto Português de Relações Internacionais da Universidade Nova de Lisboa, mesmo com uma derrota global dos democratas face aos republicanos, esta não é uma "significativa" até porque a investigadora lembra que em 2010, Barack Obama perdeu 63 lugares no congresso. 

"Apesar de não podermos dizer que houve uma vitória dos democratas, há resultados que são favoráveis aos democratas tendo em conta as expectivas, quer a tradição política nos Estados Unidos", declarou a investigadora.

Mesmo assim e apenas com um lugar para controlar o Senado, Donald Trump prometeu falar aos seus apoiantes na terça-feira, 15 de Novembro. O antigo Presidente esperava uma grande vaga vermelha em todo o país que alavancasse a sua candidatura em 2024, mas mesmo isso não acontecendo, o empresário deve voltar a candidatar-se, prevê Sonia Soller.

"Ainda não sabemos se ele vai desistir de fazer esse enúncio ou avança na mesma, eu se tivesse de arriscar diria que ele vai avançar na mesma. Acho que Donald Trump é muito pouco sen´sivel ao que o rodeia e às condições políticas. Ele acredita que é o justo candidato republicano às presidenciais", disse a investigadora.

Quanto às figuras que se destacam nos republicanos nestas eleições há Ron DeSantis, governandor da Flórida, que foi reeleito com quase 60% dos votos e é uma estrela em ascensão. No entanto, não deve fazer sombra a Donald Trump, já que ele é também um trumpista e ainda é jovem, tem 44 anos, para uma corrida à Casa Branca.

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