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Guerra na Ucrânia

Vencedores do prémio Nobel dizem que a guerra na Ucrânia é "insensata e criminosa"

As associações russa Memorial e ucraniana Centro para as Liberdades Civis, assim como o activista dos direitos humanos da Bielorrússia, Ales Bialiatski, receberam hoje formalmente o Prémio Nobel da Paz em Oslo, na Noruega, onde afirmaram que a guerra na Ucrânia é "insensata e criminosa".

Os representantes das diferentes organizações agraciadas com o Prémio Nobel da Paz receberam hoje formalmente esta distinção em Oslo.
Os representantes das diferentes organizações agraciadas com o Prémio Nobel da Paz receberam hoje formalmente esta distinção em Oslo. AP - Markus Schreiber
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Oslo acolheu a cerimónia de atribuição do Prémio Nobel da Paz atribuídos em 2022 às organizações não-governamentais Memorial, da Rússia, e Centro para as Liberdades Civis, na Ucrânia, assim como ao activista dos direitos humanos da Bielorrússia, Ales Bialiatski.

Nesta cerimónia, o presidente da Memorial, Yan Rachinski, disse que a guerra de Vladimir Putin contra a Ucrânia é "insensata e criminosa".

Já Oleksandra Matviichuk, que dirige o Centro para as Liberdades Civis considera que não é através a deposição das armas por parte de Kiev que a guerra se vai terminar. Para esta activista, se os ucranianos abandonassem os combates não se faria a paz, mas haveria sim "uma ocupação russa".

"O povo da Ucrânia quer a paz mais do que ninguém no mundo. Mas a paz para um país atacado não se consegue depondo as armas. Isso não seria paz, mas ocupação", indicou Oleksandra Matviichuk durante a cerimónia do Nobel.

Ales Bialiatski está preso na Bielorrússia, podendo ser condenado de sete a 12 anos de prisão devido à sua oposição ao regime de Loukachenko. Em 2011, quando já se opunha ao regime do seu país, Bialiatski foi acusado de evasão fiscal, tendo permanecido três anos na cadeia. Em 2020, aquando a reeleição contestada de Loukachenko, este activista foi um dos que mais se manifestou e após uma perseguição feroz do regime, acabou por decidir permanecer na Bielorrússia, onde acabou por ser detido.

A mulher de Ales Bialiatski esteve na Noruega e disse que o marido não está arrependido de ter ficado por "ter sonhos que valem a pena".

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