Cimeira EUA/África: Cinquenta delegações reunidas em Washington
A cimeira Estados Unidos/África arrancou esta terça-feira, 13 de Dezembro, em Washington. 50 delegações responderam ao convite da Casa Branca e vão estar três dias, até quinta-feira, na capital norte-americana, para discutir segurança, economia, saúde ou mesmo alterações climáticas. Os Estados Unidos querem reafirmar o seu interesse pelo continente africano.
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49 países e a União Africana vão debater desafios nas áreas da saúde, democracia, governo, investimento e desenvolvimento ou ainda alterações climáticas. Os Estados Unidos anunciaram um compromisso de 600 milhões de dólares para o Fundo de Desenvolvimento Africano.
Nesta cimeira, o Presidente norte-americano, Joe Biden, deve anunciar o apoio à adesão da União Africana como membro permanente do G20. A União Africana representa 55 países do continente. Até ao momento a África do Sul é o único país do G20.
O Presidente angolano, João Lourenço, presente em Washington, vai manter reuniões com empresários e com as autoridades norte-americanas. Reuniões que incluem uma mesa-redonda, organizada pela câmara de comércio dos Estados Unidos e uma conferência sobre questões globais de desenvolvimento.
O primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva, vai representar Cabo Verde na Cimeira dos líderes EUA-África. De acordo com o programa, a participação do chefe do governo cabo-verdiano vai ser feita no Fórum Sociedade Civil, juntamente com os líderes da Gâmbia e da Zâmbia, no Instituto pela Paz dos Estados Unidos da América.
A primeira cimeira do género aconteceu há oito anos, durante a presidência de Barack Obama e regressa pela mão de outro democrata Joe Biden. As relações entre EUA e África não conheceram impulsos durante a era Trump.
O Burkina Faso, Mali, Guiné, Sudão e Eritreia ficaram de fora desta cimeira, por terem sido suspensos pela União Africana por mudanças de governo consideradas inconstitucionais.
Ao longo destes três dias, os temas em discussão vão centrar-se no combate ao terrorismo, às alterações climáticas, a segurança alimentar, a economia ou mesmo Agoa, nome do acordo que visa facilitar as exportações africanas para os Estados Unidos, e que se prolonga até 2025.
Do lado americano, existe a vontade de se aproximar de África, numa altura em que outros parceiros se tornaram mais importantes no continente, como a China ou a Rússia. Os Estados Unidos querem, ainda, enfatizar a importância das vozes africanas no cenário internacional.
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