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Peru / Manifestações

Peru: sete mortos nas manifestações a favor de Castillo

O movimento de contestação perdura no Peru contra a nova presidente Dina Boluarte. Sete pessoas morreram em fortes confrontos com as forças de segurança, e o anúncio de eleições antecipadas feito na segunda-feira 11 de Dezembro pela presidente não acalmou a situação. 

Os apoiantes de Pedro Castillo exigem a dissolução do Parlamento, eleições imediatas e a libertação de Castillo. Sete pessoas morreram em confrontos com as forças de segurança.
Os apoiantes de Pedro Castillo exigem a dissolução do Parlamento, eleições imediatas e a libertação de Castillo. Sete pessoas morreram em confrontos com as forças de segurança. REUTERS - STRINGER
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Nas ruas, especialmente nas zonas rurais onde o presidente deposto tinha maior apoio, os peruanos pedem a convocação imediata de eleições, a dissolução do Parlamento, e uma nova Constituição, em fortes confrontos com as forças de segurança.

Sete pessoas morreram desde domingo e o governo de Dina Boluarte declarou o estado de emergência em sete províncias da região de Abancay, no sul do país, durante os proximos 60 dias.

Em Lima, capital do Peru, também houve protestos, a polícia dispersou com gás lacrimogénio manifestantes que pediam a libertação imediata de Pedro Castillo. 

Castillo acusado de "rebelião"

Na quarta-feira 7 de dezembro, o ex-presidente Castillo tentou dissolver a legislatura antes de uma votação prevista para removê-lo. Poucas horas depois, o Congresso do Peru votou a destituição de Castillo, e substituí-o pela então vice-presidente, Dina Baluarte. 

O antigo chefe de estado foi detido na semana passada quando estava a caminho da embaixada do México para pedir asilo político, e continua actualmente detido na prisão de Barbadillo.

Acusado de rebelião, incorre numa pena entre 10 a 20 anos de prisão se for considerado culpado. 

Perante as manifestações que perduram em todo o país e também na capital, os governos de esquerda do México, da Argentina, da Colombia e da Bolívia anunciaram a sua solidariedade com o presidente deposto, considerando que foi vítima de um "movimento hostil e anti-democrático" desde o início do seu mandato em 2021. 

Uma "greve por tempo indeterminado" foi convocada a partir de hoje pelas organizações de agricultores e representantes dos povos indígenas, que exigem também a "libertação imediata" de Pedro Castillo. 

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