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Guerra Rússia/Ucrânia

Ucrânia: explosões atingem centro de Kiev

A capital ucraniana, Kiev, voltou a sofrer, esta quarta-feira, ataques russos. Na manhã de hoje, foram registadas várias explosões na cidade, um dia depois de representantes internacionais terem chegado a acordo, em Paris, para a doação de mais de mil milhões de euros à Ucrânia.

Centro de Kiev após ataque russo, 10 de Outubro de 2022, (imagem de arquivo).
Centro de Kiev após ataque russo, 10 de Outubro de 2022, (imagem de arquivo). AP - Roman Hrytsyna
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Medo e sobressalto. Os habitantes de Kiev voltaram a acordar, esta quarta-feira, ao som de explosões. O presidente da Câmara, Vitali Klitschko fala em várias explosões na capital ucraniana e refere que os serviços de emergência foram mobilizados para o local.

Até ao momento, não há registo de vítimas mortais, mas membros da administração militar da capital dão conta de danos em pelo menos dois edifícios administrativos.

O presidente ucraniano já se pronunciou sobre estes novos ataques russos. Volodymyr Zelenskyy referiu que o sistema de defesa antiaéreo abateu "um total de 13 drones", que foram lançados pela Rússia contra Kiev. O chefe de Estado ucraniano fala na utilização, por parte de Moscovo, de drones Shahed, de fabrico iraniano.

Esta manhã, os terroristas lançaram 13 [drones] Shahed. Os 13 foram abatidos pelas nossas forças antiaéreas. Bom trabalho, estou orgulhoso, salientou Volodymyr Zelensky.

Zelenskyy pediu ainda aos habitantes que se mantenham alerta e que fiquem atentos às indicações das autoridades.

Entretanto, num discurso feito perante o parlamento da Nova Zelândia, o Presidente ucraniano também pediu ajuda para desminar o país. A Ucrânia está repleta de de minas e outras munições por explodir. Estes engenhos estarão distribuídos, segundo defendeu Zelensky, num território de 174 mil quilómetros quadrados, uma área equivalente ao Camboja ou Uruguai.

Quase 10 meses após o início da guerra, Kiev pede também mais ajuda militar aos aliados e, esta terça-feira, os Estados Unidos responderam a este apelo e mostraram-se disponíveis para fornecer ao exército ucraniano mísseis Patriot. A decisão deverá ser aprovada até ao final da semana.

Promessa de mais de mil milhões de euros para ajudar a Ucrânia

A conferência internacional "Solidários com o Povo Ucraniano" realizou-se, esta terça-feira, em Paris e conseguiu angariar mais de mil milhões de euros dirigidos à Ucrânia, um valor superior ao que Zelensky tinha pedido (800 mil euros).

De modo a que a ajuda chegue aos ucranianos, foi criado, na capital francesa, no âmbito desta conferência, o mecanismo de Paris, que irá gerir os recursos e entregar a ajuda no terreno, a quem mais precisa.

Emmanuel Macron e Volodymyr Zelensky.
Emmanuel Macron e Volodymyr Zelensky. AP - Ludovic Marin

"Precisamos que a ajuda chegue concretamente ao terreno e precisamos de maior coordenação para que a ajuda chegue em tempo útil, assim, podemos anunciar hoje um mecanismo reforçado de coordenação de ajuda internacional, o mecanismo de Paris, que se apoia no mecanismo de proteção civil da União Europeia e que se vai estender a todos so Estados que queiram ajudar", disse o Presidente francês.

Do valor total, cerca de 415 milhões serão destinados ao sector da energia, numa altura em que a rede elétrica continua a ser fortemente afetada, um pouco por todo o país, devido a ataques russos.

O Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) já referiu que 18 milhões de ucranianos, (cerca de 14% da população total do país) irão precisar de ajuda humanitária durante o inverno para fazer face às baixas temperaturas.

Jaco Ciliers, representante deste programa na Ucrânia, salientou que mais de 10 milhões de ucranianos não terão acesso a eletricidade, água ou aquecimento no inverno, na sequência dos bombardeamentos russos, que têm atingido infraestruturas vitais do país vizinho.

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